UTILIZAÇÃO DE CÁLCARIO DE OSTRA E PÓ DE CASCA DE SIRI NA PRODUÇÃO DE ALFACE EM ARGISSOLO AMARELO

Resumo

Na região do Baixo Sul da Bahia, observa-se um grande volume de resíduos, especialmente, conchas de ostras e cascas de siris descartados em vias públicas e manguezais, acarretando a contaminação dessas áreas. O presente trabalho objetivou avaliar a utilização do calcário de concha de ostra e pó da casca de siri como corretivo da acidez do solo e na produção de alface em um Argissolo Amarelo. Após a caracterização dos resíduos quanto a granulometria, teor de óxidos de cálcio e magnésio e PRNT (poder relativo de neutralização total), foi instalado um experimento de campo com alface (Lactuca sativa) para avaliar o crescimento da planta e as características químicas do solo. Foram utilizados três tratamentos: T1 - Testemunha (solo sem adição de resíduo), T2- Calcário de concha de ostra e T3 – pó de casca de siri, dispostosem blocos com 3 parcelas por tratamento e 24 plantas por parcela. A quantidade de resíduo utilizada foi correspondente a recomendação para calcário, de acordo com a análise de solo, previamente realizada antes da instalação do experimento. A coleta dos dados experimentais aconteceu 40 dias após o plantio. A aplicação dos resíduos ao solo, aumentou o teor de cálcio no solo de 2,8 na testemunha para 3,4 e 4,3 nos tratamentos com calcário de concha ostra e pó de casca de siri, respectivamente. O mesmo efeito foi observado com o parâmetro de solo saturação por base (V%), que passou de 55,7% no tratamento testemunha para 61% e 72,4%, nos tratamentos com calcário de ostra e pó de casca de siri, respectivamente. Houve ainda, melhor desenvolvimento das plantas nos tratamentos T2 e T3, em comparação com a testemunha (T1), principalmente para o número de folhas comerciais e peso fresco da planta.  Os resultados foram apresentados como curso para marisqueiras.