RADIONUCLÍDEOS NO SOLO: UM OLHAR SOBRE A PRESENÇA DE URÂNIO E TÓRIO NO BRASIL

Autores

  • Ronaldo Santos Guedes ronaldosantosguedes@gmail.com
    Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
  • Joel Augusto Moura Porto ronaldosantosguedes@gmail.com
    Universidade Federal de Minas Gerais
  • Lander de Jesus Alves ronaldosantosguedes@gmail.com
    Universidade Estadual de Santa Cruz
  • Júlio César Azevedo Nóbrega ronaldosantosguedes@gmail.com
    Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Palavras-chave:

Brasil, Radionuclídeos, Solo, Tório, Urânio

Resumo

O Brasil abriga solos com várias anomalias referentes a isótopos radioativos. O urânio natural (majoritariamente U-238) e o tório natural (majoritariamente Th-232) são elementos que ocorrem naturalmente na crosta terrestre. No entanto, o Brasil, apesar de possuir diversas anomalias uraníferas e toríferas, carece de políticas públicas de gestão territorial que considerem a ocorrência incomum de materiais radioativos. Numerosos depósitos de materiais radioativos foram detectados por estudos geológicos, especialmente pela CNEN e Nuclebrás. Além desses depósitos bem definidos e medidos, existem centenas de ocorrências de acumulações anômalas de minerais de urânio e tório em todo o Brasil. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo realizar uma revisão de literatura voltada para uma avaliação quantitativa acerca da dispersão do urânio e tório em território brasileiro com base nos dados disponíveis na literatura disponível até o ano de 2023. Dentre os 82 solos em que há urânio natural, 20 estão em MG, 10 em GO e 9 no PI. Ao todo, são 86,6% são ocorrências, 9,8% são depósitos, com uma única mina em Caetité, Bahia, em atividade: Mina do Engenho. Dentre os 67 registros de solos com tório natural, também 20 estão em MG, seguidos de 8 no ES e 5 no RJ. A única mina em atividade de explotação de tório está em São João da Barra, no RJ. Do total, 89,6% são apenas ocorrências, com 9% representando depósitos e 1,4%, mina em atividade. Muito embora existam registros referentes à presença de urânio e tório em solos do Brasil, é preciso que haja mais estudos que possam contribuir para um real mapeamento de tais ocorrências, especialmente com o fim de uma proteção radiológica mais efetiva, quando necessária.

Biografia do Autor

Ronaldo Santos Guedes, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Estudante, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, Bahia

Joel Augusto Moura Porto, Universidade Federal de Minas Gerais

Estudante, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais;

Lander de Jesus Alves, Universidade Estadual de Santa Cruz

Pesquisador, Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia

Júlio César Azevedo Nóbrega, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Professor, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas, Bahia

Referências

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Publicado

2024-03-06

Como Citar

Guedes, R. S. ., Porto, J. A. M. ., Alves, L. de J. ., & Nóbrega, J. C. A. . (2024). RADIONUCLÍDEOS NO SOLO: UM OLHAR SOBRE A PRESENÇA DE URÂNIO E TÓRIO NO BRASIL. Cadernos Macambira, 8(especial2), 97. Recuperado de http://revista.lapprudes.net/index.php/CM/article/view/1334

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