Agronegócio no oeste da Bahia: (Des)envolvimento para quem?

Autores

  • Tânia A. Kuhnen tania.kuhnen@ufob.edu.br
    Instituto Federal Baiano

Resumo

Recentemente o Brasil ratificou o Acordo de Paris que substituirá a partir de 2020 o Protocolo de Kyoto e prevê o compromisso com a redução da emissão de gases de efeito estufa por todos os países que assinam o acordo. Conforme o Ministério do Meio Ambiente (2016), em abril de 2016, o Brasil acordou uma série de compromissos, entre os quais merece destaque para 2025 a redução das emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005. Para alcançar tal contribuição. o país se comprometeu com o aumento da participação de bioenergia sustentável na geração de energia, bem como com a restauração e reflorestamento de 1 2 milhões de hectares de florestas e a redução do desmatamento. Assumir tal posicionamento, no entanto, possui um caráter controverso à medida que o país se destaca nacional e internacionalmente pela exportação de cornmodities resultantes do agronegócio. Ao mesmo tenipo em que se firma um compromisso internacional na pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada (20 1 6) de respeitar direitos humanos, particularmente os direitos das comunidades vulneráveis, como populações indígenas e comunidades tradicionais. promovendo ainda ações sensíveis ao fator gênero, justifica-se e apoia-se política e economicamente o desenvolvimento de novas fronteiras agrícolas, a exemplo da região do Matopiba. que compreende áreas dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, cobertas em grande parte pelo bioma do Cerrado e no qual se produzem primariamente grãos destinados à exportação corno soja e milho.

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Publicado

2019-02-22

Como Citar

Kuhnen, T. A. (2019). Agronegócio no oeste da Bahia: (Des)envolvimento para quem?. Cadernos Macambira, 2(2). Recuperado de http://revista.lapprudes.net/index.php/CM/article/view/173