AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA ALFACE (Lactuca sativa) ADUBADA COM MANIPUEIRA E DIFERENTES FORMAS DE ADUBAÇÃO ORGÂNICA

Autores/as

  • ROGÉRIO DA SILVA ALMEIDA ro.rogerio125@gmail.com
    CETEP
  • DENIZE SAMPAIO CHAGAS dsampaiochagas@gmail.com
    CETEP
  • MARIA DO AMPARO GOMES CARVALHO mocinhagcarvalho@gmail.com
    CETEP
  • ELIZÂNGELA SILVA SOUZA elizangelabit@gmail.com
    CETEP

Resumen

INTRODUÇÃO
O despejo da Manipueira de maneira indiscriminada no meio ambiente causa uma série de complicações
para o solo poluindo por apresentar em sua composição química algumas substâncias em elevada quantidade de
ácido cianídrico e nutrientes, sendo um dos motivos que a ingestão desse liquido em alta quantidade pelos animais
e seres humanos, consequentemente pode levar a morte. O armazenamento de maneira inadequada, de fácil acesso
e o descarte desse subproduto ao ar livre sem qualquer tratamento, inicialmente além de trazer malefícios para a
natureza ela acaba sendo desperdiçada, é um produto com alta potencialidade para o uso agropecuário, por isso
que esse experimento implica na observação da veridicidade desse produto como fertilizante de algumas culturas,
questionando quais são as reações da alface sobre a fertilização da Manipueira.
Tendo em vista algumas pesquisas que comprova a utilização da Manipueira para diversas finalidades
externas e internas na agricultura, sendo levantado algumas implicações sobre o uso excessivo dos fertilizantes 

químicos no solo, o experimento analisa a utilização da Manipueira na adubação de hortaliças tornando o resíduo
agroindustrial altamente poluente para o meio ambiente em uma fonte limpa de fertilização do solo quando usado
de maneira correta; evidentemente alcançando soluções para outras problemáticas, que é o reuso desse liquido de
maneira sustentável.
METODOLOGIA
O experimento foi conduzido na propriedade do Sr. Robélio Araújo Silva na Fazenda Bela Vista que fica
situada no município de Utinga-Ba.
Escolha do Experimento
Para observar o desenvolvimento da alface com uso de manipueira, foi realizado um tratamento prévio do
solo utilizado, onde aplicou-se uma solução de 5% de hipoclorito de sódio (água sanitária) diluída em água de
abastecimento, com o intuito de inibir a aparecimento de eventuais patógenos, posteriormente o solo ficou em
descanso durante 4 dias, em local sombreado. O solo coletado não foi submetido a nenhuma análise química ou
calagem, entretanto, para minimizar possíveis desequilíbrios nutricionais, realizou-se uma correção alternativa
com 300g de cinza e 200g de casca de ovos triturados como fonte de carbonato de cálcio.
Montagem da estrutura para o experimento
O experimento foi conduzido em garrafas pet de 2 L, dispostas horizontalmente, para introdução do
material foi feito cortes no mesmo sentido, tal abertura se deu nas dimensões (20 x 10 cm) comprimento e largura
respectivamente. A drenagem foi realizada, a partir de pequenos furos feitos no fundo de cada garrafa, com intuito
de evitar acumulo de água e eventuais problemas com organismos fitopatogênicos.
Para sustentação dos recipientes, foram implantadas no solo, 8 forquilhas de madeira a 1,4 m de altura,
sobre elas ficaram distribuídos 4 vergalhões para dá sustentação aos recipientes, além disso, tal estrutura serviu
para delimitar o espaço experimental, formando um total de área de 2 m de largura e 3 m de comprimento. Assim
as garrafas foram dispostas num delineamento experimental (fatorial de 4 x 4 x 4) inteiramente casualizado,
formando um total de 16 garrafas pet. As garrafas ficaram penduradas a 1,2 m de altura, esse procedimento se
deu com auxílio de arames (Figura 1). Posteriormente foi colocado no fundo de cada recipiente 625 g de brita,

para facilitar o processo de drenagem e evitar a perda de solo através das aberturas na base. Em seguida colocou-
se 1000 g de solo previamente tratado e corrigido em cada garrafa. Finalmente conduziu-se os tratamentos, que

possibilitou a obtenção de resultados.
Realizou-se quatro tratamentos, chamados de T0, T1, T2 e T3, sendo o T0 a testemunha, onde apenas
utilizou-se água de abastecimento para a condução; no T1 foi colocado junto ao solo, 500 g de composto orgânico
(Biomassa de resíduos domésticos); no T2 foi utilizado 500 g de esterco bovino curtido + solo; já no T3, aplicou- se 400 mL de solução de manipueira, na proporção de 1:1, sendo 200 mL de manipueira e 200 mL de água de
abastecimento + solo. Logo após foi feita a semeadura das sementes de alface (cv. Grand Rapids TBR), na
profundidade de aproximadamente 1 cm, sendo utilizado um total de 20 sementes em cada recipiente, o manejo
hídrico se deu de acordo com a necessidade da cultura. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como forma de avaliação foram feitas observações visuais diariamente, e posteriores medições das
plantas desenvolvidas. Observou-se que quatro dias após as semeaduras as sementes começaram a germinar, no
entanto, os tratamentos T2 e T3 apresentaram um pequeno retardo no tempo de germinação, como pode ser
observado na figura 2. O tratamento um (T1), com composto orgânico, mostrou-se discretamente mais eficiente no quesito
estímulo a germinação. Porém, quando avaliado o desenvolvimento das plantas verificou-se que no quesito altura
de plantas o composto apresentou um destaque considerável, quando comparado com os demais tratamentos,
como pode ser observado na Figura 3. Os tratamentos T2 e T3, com esterco e manipueira respectivamente, apresentaram comportamento
semelhante, muito embora tenham ficado aquém ao T1, quando comparado a testemunha, todos os tratamentos
apresentaram resultados satisfatórios. Com relação ao parâmetro quantidade de folhas, todos os tratamentos
apresentaram resultados muito próximos, no entanto, o composto mostrou-se novamente mais eficiente do que
os demais (Figura 4). Notou-se comportamento muito semelhante nas plantas dos tratamentos 2 e 3, em todos os parâmetros
avaliados, já o tratamento com composto orgânico se destacou em todos os aspectos, no entanto, ainda faz-se
necessário novos estudos, para observar quais características são recorrente, no caso do tratamento com
manipueira e esterco, em especial, fazer um novo estudo para verificar se a dosagem utilizada interferiu nos
resultados. CONCLUSÃO
Observou-se que a adubação orgânica mostrou-se eficiente para a cultura do alface, entretanto, dentre
os produtos utilizado o composto orgânico apresentou maior destaque em todos os parâmetros avaliados. A
manipueira e o esterco também apresentaram resultados satisfatórios quando comparado com a testemunha, mas
ainda é necessário estudos mais profundos sobre a temática para que se verifique se a dosagem utilizada foi a
mais adequada para esse tipo de cultura. 

Publicado

2021-08-27

Cómo citar

ALMEIDA, R. D. S., CHAGAS, D. S., CARVALHO, M. D. A. G., & SOUZA, E. S. (2021). AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA ALFACE (Lactuca sativa) ADUBADA COM MANIPUEIRA E DIFERENTES FORMAS DE ADUBAÇÃO ORGÂNICA. Cadernos Macambira, 4(2), 156–160. Recuperado a partir de http://revista.lapprudes.net/index.php/CM/article/view/394