TRABALHANDO COM EMOÇÕES DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: COVID-19

Autores

  • Geisa Veregue geisa.veregue@gmail.com
    Faculdade Futura
  • Talita Silva Perussi Vasconcellos geisa.veregue@gmail.com
    Unesp
  • Gisele Tramontini geisa.veregue@gmail.com
    Child Behavior Institute of Miami

Palavras-chave:

Educação Especial, Transtorno Espectro Autista, Pandemia, COVID-19.

Resumo

Partindo do pressuposto que o indivíduo com Transtorno do Espectro Autista muitas vezes se fixa em rotinas porque elas trazem segurança, e que no momento atual de pandemia a rotina pré estabelecida se desfez, devemos assim considerar o diálogo e o vínculo afetivo com a família um recurso crucial para o desenvolvimento da aprendizagem destes indivíduos, ensinando-os a estabelecer novas rotinas, já que elas foram quebradas, é de extrema necessidade desenvolver as habilidades emocionais para adequar seu comportamento diante de novas situações e superar as dificuldades. O presente trabalho teve como objetivo relatar a experiência que apresenta um projeto realizado no Atendimento Educacional Especializado de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) durante o período da pandemia da COVID-19 com o projeto “Nosso Sentimento” que ocorreu no primeiro semestre de 2020 em uma escola do interior do estado de São Paulo, o projeto teve como participantes três professoras especializadas e 21 estudantes. Como resultado observou-se uma melhora significativa em suas capacidades de adaptação diante dos desafios e um sentimento de responsabilidade com sua rotina de estudos, além de interagir mais com a família, os alunos passaram a receber melhor as atividade e conteúdos encaminhado pela escola regular, notamos que estão mais seguros, focados e serenos em relação ao ambiente de estudos.

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Publicado

2021-10-20

Como Citar

Veregue , G. ., Vasconcellos, T. S. P. ., & Tramontini , G. . (2021). TRABALHANDO COM EMOÇÕES DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: COVID-19. Cadernos Macambira, 6(1), 122–137. Recuperado de http://revista.lapprudes.net/index.php/CM/article/view/596