PRÁTICAS DO NAPNE PARA UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: AÇÕES-PRÁTICAS E DESAFIOS NO DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA INCLUSIVA

Autores

  • Alcemir Horácio Rosa alcemir.horacio@ifpi.edu.br
    IFPI – Instituto Federal do Piauí

Palavras-chave:

Consciência Inclusiva, NAPNE, Educação Inclusiva, IFPI

Resumo

O presente trabalho é fruto de uma avaliação diagnóstica realizada pelo coordenador do NAPNE - Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas – do IFPI Campus São João do Piauí; um relato sobre a relação que há entre a inclusão e o serviço prestado pelo NAPNE, destacando-se as práticas, os avanços e os desafios presente na rotina institucional. Colocando-se em pauta as ações e os desafios encarados no cotidiano do Campus e aproveitando o ensejo para sugerir ações contínuas que possibilitem o despertar da consciência inclusiva dentro do ambiente institucional. Após o levantamento das necessidades básicas, dos desafios postos ao núcleo e na construção de uma educação que seja verdadeiramente inclusiva; o trabalho sugeri ações contínuas que auxiliem aos alunos com necessidades específicas em suas dificuldades. O trabalho teve como objetivo demonstrar as ações que estão sendo desenvolvidas pelo NAPNE, em andamento no Campus, bem como propor os caminhos a serem trilhados no intento de uma educação equitativa. Pode-se constatar nesta análise que o ensino do Campus caminha em direção a uma educação inclusiva; contudo faz-se necessário que haja um continuo estímulo da sensibilidade dos docentes, da gestão e dos discentes para o despertar de uma consciência inclusiva. São muitos os benefícios de se trabalhar essa temática dentro de uma instituição de ensino; tais benefícios vão desde a construção de um ensino mais participativo, inclusivo e equitativo, até o envolvimento da comunidade acadêmica num ensino mais acessível. Assim, tornando as práticas de pesquisa, de ensino e o trabalho educacional mais atraente e significativo (inclusivo). Que agregue os elementos no aspecto social, econômico, educacional, tecnológico e cultural; através de uma gestão do ambiente escolar inclusiva e que junto ao NAPNE desempenhe um trabalho atuante de inclusão, reconhecendo e atuando nas necessidades específicas dos discentes. Chegou-se à conclusão de que o NAPNE é importantíssimo para o bom desenvolvimento da educação institucional, visto que é exatamente o setor responsável por identificar os alunos e, consequentemente, buscar estratégias para atender as suas necessidades específicas. Verificou-se que diante a pandemia COVID-19 os alunos têm tendência a ficarem mais reclusos em suas residências, o que certamente acarreta um grande prejuízo educacional pela ausência de contato com o ambiente educativo. Constatação que destaca a importância de o núcleo, enquanto comissão multiprofissional, estabelecer ações de contato, de melhoria da interação com o aluno e a busca pela inclusão discente no novo formato de aulas decorrente das adaptações educacionais por conta da pandemia, como é o caso, por exemplo, das aulas remotas. Destaca-se também a importância dos recursos tecnológicos disponíveis no meio informacional para que houvesse a possibilidade de continuidade das atividades do NAPNE, pois diante a pandemia da COVID-19, que impossibilitou o desenvolvimento dos trabalhos presenciais, foram indispensáveis algumas adaptações. Entre tais ajustes, o NAPNE passou a fazer reuniões periódicas através de videoconferências com os aplicativos do G-suíte. Assim, afirma-se que nesse processo, os recursos tecnológicos tiveram papel de grande relevância para a continuidade dos trabalhos do núcleo. Conclui-se que os desafios são grandes e vão desde a falta de estrutura, falta de capacitação inclusive a falta de recursos financeiros para um atendimento de qualidade para o núcleo; contudo também é possível avistar os avanços, pois é fato que o núcleo do Campus São João do Piauí já identificou todos os alunos com necessidades específicas, já estabeleceu estratégias individuais para cada um deles e tem se utilizado das tecnologias disponíveis para manter contato constante com esses alunos e buscando manter uma relação de confiança com pais e familiares e ainda, procurando propiciar condições para um bom atendimento para os mesmos.

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Publicado

2021-10-20

Como Citar

Rosa, A. H. . (2021). PRÁTICAS DO NAPNE PARA UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: AÇÕES-PRÁTICAS E DESAFIOS NO DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA INCLUSIVA. Cadernos Macambira, 6(1), 345–355. Recuperado de http://revista.lapprudes.net/index.php/CM/article/view/614

Edição

Seção

Eixo 11: Práticas pedagógicas com estudantes público da educação especial e/ou c