A ETNOMATEMÁTICA COMO UMA PRÁTICA SOCIOCULTURAL EFICAZ PARA A CONVIVÊNCIA NO SEMIÁRIDO BAIANO

Autores

  • Ana Maria Anunciação da Silva annaichu@hotmail.com
    Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha
  • Valdir Ferreira Alves valdirsha@gmail.com
    Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha

Palavras-chave:

Etnomatemática, Prática Socio-cultural, Convivência no Semiárido Baiano

Resumo

Os grupos culturais possuem raízes, costumes, peculiaridades que lhes são próprios, a organização das tarefas cotidianas contribui para a manutenção de práticas socioculturais. Dessa forma, os conhecimentos empíricos lhes auxiliam no trato com o solo, plantas, animais e com a água no semiárido baiano, especificamente no Território do Sisal onde este estudo se focaliza, viver no semiárido com as necessidades hídricas, favorece a criação de alternativas como: Observação do tempo, técnicas para o armazenamento das águas, guarda das sementes crioulas, domesticação da mandioca e outras. Refletir a etnomatemática como uma prática sociocultural eficaz para a convivência no semiárido baiano. Para a obtenção de informações verificou-se visões diferenciadas e similares em relação a temática, utilizou-se para o delineamento metodológico a pesquisa qualitativa, sendo essa um tipo de investigação que utiliza a análise e a interpretação da realidade, Este trabalho parte também dos estudos desenvolvidos nas disciplinas etnomatemática I e II da Pós-Graduação em Educação do Campo, onde as vivências no Semiárido Baiano foram debatidas e problematizadas.  A etnomatemática permite valorizar e correlacionar as vivências com os conhecimentos teóricos oferecidos pela escola. Dessa forma, uma escola do/no campo se diferencia da escola rural, pois dar voz ao seu povo reconhece a identidade e os valores culturais. A etnomatemática se apresenta como uma temática que permite interdisciplinaridade. Nos currículos gerais existe uma matemática eurocêntrica, pautada em conteúdos dominantes, e aqui não queremos dizer que estes não são importantes, mas, que devem fazer relação com os saberes vivenciados pelos estudantes. No entanto, a etnomatemática por ser uma ciência de grupos sociais que desenvolveram suas formas de contar, medir, cultivar, ou seja, adaptaram seus métodos próprios para realizar as atividades cotidianas no campo, é uma proposta eficaz de valorização dos saberes e fazeres no semiárido baiano e quando trabalhada promove a valorização dos conhecimentos populares do lugar, fomenta pertinentes debates e problematizações. 

Biografia do Autor

Ana Maria Anunciação da Silva, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha

Assistente Social, Pedagoga, Professora da Educação Básica do Campo, Especialista em Políticas Públicas, Pós Graduanda do Curso de Especialização em Educação do Campo pelo IF Baiano- Campus Serrinha-Bahia, Mestranda pela UNEB Coité/Bahia em Educação e Diversidade.

Valdir Ferreira Alves, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha

Pedagogo, Especialista em Gestão de Empreendimentos Solidários, Pós Graduando do Curso de Especialização em Educação do Campo pelo IF Baiano- Campus Serrinha-Bahia, Mestrando pela UNEB Coité/Bahia em Educação e Diversidade.

Referências

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D’AMBROSIO, UBIRATAN. Da realidade à ação: reflexões sobre educação e matemática. São Paulo: Summus, 1996.
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GIL, Antonio Carlos, 1946- Como elaborar Projetos de Pesquisas. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.

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Publicado

2020-04-09

Como Citar

Silva, A. M. A. da, & Alves, V. F. (2020). A ETNOMATEMÁTICA COMO UMA PRÁTICA SOCIOCULTURAL EFICAZ PARA A CONVIVÊNCIA NO SEMIÁRIDO BAIANO. Cadernos Macambira, 5(1), 19–20. Recuperado de http://revista.lapprudes.net/index.php/CM/article/view/300