EXTRATO DE ALGAS MARINHAS COMO BIOESTIMULANTES DE CULTIVARES

Autores

  • Filipe Teixeira Pinheiro de Souza IFES Campus de Alegre

DOI:

https://doi.org/10.59033/cm.v8i4.1071

Palavras-chave:

Inovação, Produção Sustentável, Tecnologias

Resumo

A crise socioambiental gerada pelos modelos de desenvolvimento rural e tecnológico, vinculados ao paradigma da Revolução Verde, trouxe a necessidade de explorar continuamente formas alternativas de gestão dos recursos naturais e organização social que possam enfrentar positivamente os desafios da produção agrícola sustentável, da preservação da biodiversidade sociocultural e da inclusão social. Vivemos num planeta coberto por vastas massas de água, tanto marinhas como de água doce, e devemos preservar o seu património integral de vida. Podemos ressaltar a diversidade de organismos existentes, de certa forma relacionada à diversidade das comunidades de algas. Cabe a estas a estabilidade dos ecossistemas naturais, pois um número maior de espécies equivalentes funcionalmente, mas com variadas capacidades de tolerância aos inúmeros fatores ambientais, resiste melhor a alterações que ocorrem no meio aquático, inclusive a alterações decorrentes da atividade humana. As algas são organismos que podem ocupar de forma temporária ou permanentemente qualquer meio que lhes forneça luz e umidade suficientes, por isso podem ser encontradas em água doce, água do mar, sobre solos úmidos e até neve. Quer sejam unicelulares ou multicelulares, as algas obtêm todos os nutrientes de que precisam de seu ambiente, por isso são fundamentalmente aquáticas. Este trabalho teve o propósito de analisar e colocar em evidência o potencial uso do extrato de algas como bioestimulantes, analisando sua contribuição inovadora para os meios de produção. O estudo foi fundamentado em pesquisas bibliográficas, onde foram utilizadas para obtenção de materiais, as bases de dados Google Acadêmico e o site de publicações científicas e periódicos Scielo. A busca por alimentos oriundos de sistemas de produção sustentáveis, como o método orgânico, é uma tendência que vem se fortificando e sendo consolidada mundialmente.  O   aumento da produção e da demanda são sinais que evidenciam uma mudança de hábito alimentar das sociedades, visando diminuir os riscos de contaminação por possíveis resíduos de agrotóxicos nos alimentos ou mesmo, a diminuição do uso destes componentes químicos e enfim o desuso do mesmo. Da necessidade desses métodos inovadores de produção, surgiram os bioestimulantes como uma classe de intensificadores do metabolismo, não considerados como fertilizantes, usados ​​para aumentar a resistência das culturas a vários estresses e às vezes até patógenos, ao mesmo tempo em que melhora o crescimento e o desempenho das plantas, tornando-se um tema com muita relevância a ser discutido e pesquisado. Portanto, os bioestimulantes são considerados um potencial possibilidade aos métodos agrícolas tradicionais e, na maioria dos casos, uma alternativa para reduzir as taxas de aplicações de fertilizantes e pesticidas sintéticos. Os fertilizantes feitos de algas marinhas são biodegradáveis, não tóxicos, não poluentes e não representam risco para humanos e animais. Além dos efeitos mencionados, os bioestimulantes provenientes de algas aumentam o desenvolvimento da rede radicular da planta, o que contribui diretamente para o aumento da absorção dos nutrientes que fornecem. Também auxiliam na quebra da dormência das sementes, regulam a floração e o tamanho dos frutos, além de induzirem a atividade do sistema fotossintético e dos tecidos vegetativos, sendo uma alternativa viável para os produtores.

Biografia do Autor

Filipe Teixeira Pinheiro de Souza, IFES Campus de Alegre

IFES Campus de Alegre. Graduando em Ciências Biológicas.

Referências

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Publicado

2023-10-27

Como Citar

Souza, F. T. P. de . (2023). EXTRATO DE ALGAS MARINHAS COMO BIOESTIMULANTES DE CULTIVARES. Cadernos Macambira, 8(4), 27–28. https://doi.org/10.59033/cm.v8i4.1071