COSMÉTICOS ARTESANAIS, NATURAIS E ECOLÓGICOS A BASE DE MEL E GEOPRÓPOLIS DE ABELHAS SEM FERRÃO
DOI:
https://doi.org/10.59033/cm.v8i2.897Palavras-chave:
Cosméticos, Higiene, Meliponíneos, SustentabilidadeResumo
O projeto propôs o desenvolvimento de cosméticos naturais produzidos manualmente com à base de mel e geopropólis de abelhas sem ferrão, e outros materiais conhecidos pelas comunidades tradicionais como ervas, sementes e óleos naturais, desenvolvendo materiais de higiene como sabonetes, shampoos e cremes. A proposta é que esses materiais possam ser desenvolvidos com segurança e com poucos recursos, empregando como matéria prima o mel de abelhas de ferrão e outros insumos já conhecidos pelas comunidades tradicionais como ervas, sementes e óleos naturais, tendo o cuidado de seguir os princípios da Química verde e dando preferência a materiais ecologicamente adequados em todas as etapas da fabricação. Essas abelhas têm importância ambiental amplamente reconhecida, principalmente, pelo serviço indispensável que prestam com a polinização, na manutenção dos ecossistemas naturais e agrícolas, e consequentemente, na produção de alimentos. Apesar disso, vem sendo dizimadas pelo emprego de agrotóxicos nas monoculturas e destruição dos seus habitats naturais, entre outros fatores. O mel e demais produtos relacionados são utilizados desde remotas épocas por comunidades primitivas como alimento e remédio, por suas propriedades nutritivas e funcionais. Na primeira fase, foi pesquisado o que já foi publicado em termos de cosméticos à base de mel de abelha sem ferrão para fundamentar a elaboração de um produto seguro e inovador. Essa pesquisa contemplou também o saber tradicional de comunidades ancestrais, que utilizam o mel, além das pequenas propriedades que vivem da agricultura familiar e empregam a agroecologia também na produção do mel. Na segunda fase, foram definidas as metodologias de elaboração dos cosméticos, que foi realizada em domicílio e eventualmente em laboratórios do IF Baiano, Campus Governador Mangabeira. Na terceira fase, foi elaborada uma cartilha, além da conta no Instagram, onde é realizado a sensibilização sobre a preservação das abelhas sem ferrão, assim como a valorização dos saberes tradicionais e ecológicos na produção artesanal e na bioeconomia, que pode substituir com muitas vantagens o consumo desenfreado de substâncias sintéticas, como os derivados de petróleo, muito usados em cosméticos.
Referências
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