ADUBAÇÃO ORGÂNICA: INFLUÊNCIA DA BIOMASSA VEGETAL NA PARTE AÉREA DE MUDAS DO CACAUEIRO

Autores/as

  • LUCAS SILVA FERREIRA bheusilva-19@hotmail.com
    Instituto do Federal Baiano – Campus Uruçuca,
  • JEFFERSON VINICIUS BOMFIM VIEIRA bomfim81@hotmail.com
    Instituto Federal Baiano, Campus Uruçuca
  • MANUELA QUEIROZ LIMA manuelaqueirozlima@gmail.com
    Instituto Federal Baiano, Campus Uruçuca
  • FRANCISCO DE SOUZA LIMA fsousalima@yahoo.com.br
    Instituto Federal Baiano, Campus Uruçuca

Resumen

Na terminologia botânica a parte aérea da planta são percebíveis acima do nível do solo, podendo ser
composta por, caule e/ou pseudocaule, folhas, flores, frutos e sementes. Tendo formação inicial a partir do
embrião protegido pela parte externa da semente, suas células meristemáticas ficam concentradas nas gemais
apicais da planta, que em seu crescimento desenvolve estruturas como o caule, para garantir a busca por luz e
sustentar os órgão responsáveis por captar luz solar, e transformar em fotoassimilados, além disso as folhas
também tem função de respiração e transpiração no vegetal. Flores, frutos e sementes garantem a reprodução,
sendo considerados os principais produtos econômicos para os produtores rurais, porém as outras estruturas das
plantas cultivadas, também tem finalidades comerciais. A parte aérea esta diretamente envolvida com a nutrição
da planta, observando o crescimento, durante um período de tempo, permite acompanhar seu desenvolvimento
em função do seu tamanho. A cultura do cacau (Theobroma cacao) tem característica de sub-bosque, no qual seu tamanho varia a
depender de qual manejo está sendo empregado, como: extrativista; a pleno sol; ou cabruca. Podendo atingir
altura de 20 metros, quando em competição com outras espécies da floresta, em locais menos densos. Tem
tamanho médio nas propriedades rurais e em cabrucas mais densas de 5 à 8 metros de altura, contudo seu tamanho
é reduzido se o manejo for a pleno sol. A correlação entre adubação e crescimento nesta cultura, tem que ser
equilibrada, pois, o uso indiscriminado de adubos pode ser prejudicial no ciclo vegetativo. O cacaueiro necessita
de boa fertilidade, a adubação orgânica disponibiliza de forma lenta e gradual os nutrientes sendo relevante a
correlação com o crescimento vegetativo.
A cacauicultura orgânica, no sul da Bahia, inserida nesse contexto, representa alternativa frente à pouca
rentabilidade do sistema de cultivo tradicional com cacau, considerando um mercado consumidor em potencial
crescimento. (GOMES; PIRES. p. 44. 2015)
Com o objetivo de analisar a influência de 5 tipos de biomassa, no crescimento aéreo do cacaueiro em
dois tipos de solos, arenoso e argiloso, depois de um período de 3 meses de experimentação.
Avaliar o crescimento do cacaueiro ajuda a identificar qual a melhor planta para a produção de mudas.
Na fase inicial o seu desenvolvimento de forma empírica o pequeno produtor rural, utilizando matéria de fácil
acesso na propriedade para a nutrição das mudas, porém em muitos casos os mesmos desconhecem o potencial
das biomassas vegetais em suas propriedades, para a produção de plantas sadias. O projeto avaliou a influência
de diferentes biomassas vegetais, comuns as áreas de cacau do território Litoral Sul da Bahia, testando exóticas
e a nativas. Pois é importante a pesquisa em nossas espécies nativas, como destaca Sambuichi et al. p. 171 (2009)
“Uma das características mais marcantes da Mata Atlântica no Sul da Bahia é sua impressionante riqueza de
espécies de árvores nativas.
A metodologia do projeto conta com 5 tipos de biomassa vegetais (folhas) como, ora-pro-nóbis (Pereskia
aculeata), cobi (Senna multijuga), nim (Azadirachta indica), gliricídia (Gliricidia sepium) e leucena (Leucaena
leucocephala) mais 1 controle por solo, com quatro repetições e em dois tipos de solos distintos (arenoso e
argiloso), totalizando 24 vasos por solo e 48 no total, fazendo a experimentação com o cacau híbrido, seguindo
as etapas: coleta das biomassas; secagem em estufa de ventilação forçada; trituração do material em moedor de
facas industrial; distribuição de 75g de cada biomassas em 5 litros de solo em delineamento de blocos
casualizados; 30 dias de mineralização das biomassas nos solos; plantios das sementes; condução do experimento
no período de 3 meses após a germinação; coleta e análise dos dados, no programa Sisvar, a 0,01% de
significância.
Os dados obtidos foram sistematizados no programa Sisvar, com teste ANOVA e Tukey a 0,01%. Com a análise dos resultados sobre os efeitos das biomassas em ambos os solos, argiloso e arenoso,
(tabela 02) é demonstrado que os tratamentos não se diferenciaram estatisticamente, porém dentre os tratamentos
a biomassa vegetal, Cobi árvore nativa na mata atlântica, demonstrou melhores resultados no desenvolvimento
em relação a parte aérea do cacau híbrido (gráfico 01). Porém em fator dos diferentes tipos de solos, fez-se
necessário a análise do desenvolvimento da planta separadamente, obtendo os resultados demonstrados nos
gráficos 02 e 03. Contudo este trabalho foi para agregar valor ao pequeno produtor rural, do Litoral Sul da Bahia, ao
utilizar em sua metodologia plantas que são comumente encontradas nas áreas de cacau em nosso território.
Evidencia-se a importância de se pesquisar as árvores nativas em nossos territórios, pois, ficou em destaque a
árvore nativa da Mata Atlântica Cobi, mesmo sendo considerada uma secundaria, também encontra-se entre as
pioneiras de crescimento rápido, ocorre em capoeiras, matas perturbadas, e em especial nas áreas de cacau
cabruca.

Publicado

2021-08-27

Cómo citar

FERREIRA, L. S., VIEIRA, J. V. B., LIMA, M. Q., & LIMA, F. D. S. (2021). ADUBAÇÃO ORGÂNICA: INFLUÊNCIA DA BIOMASSA VEGETAL NA PARTE AÉREA DE MUDAS DO CACAUEIRO. Cadernos Macambira, 4(2), 50–54. Recuperado a partir de http://revista.lapprudes.net/index.php/CM/article/view/369

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