POSSIBILIDADES DE RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO DO CAMPO, MOVIMENTOS SOCIAIS E O ESTADO

Autores

  • Geronildo Ramos Pereira nildo_ramos_@hotmail.com
    Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha
  • Ana Nery Oliveira Brito neinhacoite@hotmail.com
    Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha

Palavras-chave:

Estado, Movimentos Sociais, Educação do Campo

Resumo

Este trabalho objetiva discutir possibilidades de relação existentes entre o Estado, os Movimentos Sociais e a Educação do Campo no cenário contemporâneo, uma vez que se presencia uma falta de diálogo entre estes espaços, que consequentemente os distancia para a realização de um projeto de educação mais consistente, que considere os sujeitos do Campo, suas experiências, saberes. É importante dizer que, este estudo surge, a aprtir da disciplina de Movimentos Sociais, no curso de Educação do Campo, IF Baiano, Serrinha, e daí a necessidade de um aprofundamento acerca da temática em questão.

A Educação do Campo, construída num espaço de lutas dos movimentos sociais e sindicais, está voltada para dinamizar a ligação dos seres humanos com a produção das condições de existência social, na relação com a terra e o meio ambiente e da cultura do campo, desenvolvendo ações coletivas com a comunidade numa perspectiva de qualificar o processo de ensino e aprendizagem.

Os movimentos Sociais surgem a partir da luta dos trabalhadores do campo, que tem como meta principal, a construção de educação que considere a sua realidade, seu cotidiano, valorizando os diferentes grupos identitários e a sua produção da existência, que pressiona o Estado a cumprir seu dever. O Estado por sua vez, neste contexto, aparece de forma tímida e superficial, abrindo poucos espaços para diálogo com esses movimentos organizados, pelo fato de se tratar de um assunto que não o interessa, porém, quando dialoga, objetiva desenvolver uma educação do campo do seu interesse, não contextualizada a realidade deste espaço, impondo suas metas de maneira vertical.

É necessário se pensar numa relação harmoniosa entre tais segmentos, de diálogo aberto, e de extrema relevância, pois, fazer Educação do Campo não é tarefa fácil, sendo preciso o comprometimento tanto dos movimentos Sociais quando do Estado, num processo de escuta e de busca de ações concretas cabíveis.

Biografia do Autor

Geronildo Ramos Pereira, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha

Graduado em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB/ XI), Pós- Graduando em Educação do Campo pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano  (IFBaiano- Campus Serrinha),  Poeta Cordelista, Membro do Grupo de Pesquisa (EPODS/UNEB).

Ana Nery Oliveira Brito, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha

Graduação e Mestrado em História  na Universidade Estadual de Feira de Santana(UEFS), Pós- Graduanda em Educação do Campo pelo Insitituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano – Campus Serrinha).

Referências

CALDART, R.S Pedagogia do Movimento Sem Terra. São Paulo: Expressão Popular, 2004.
MEC. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Referências para uma política nacional de educação do campo: caderno de subsídios. Coordenação: Marise Nogueira Ramos, Telma Maria Moreira, Clarice Aparecida dos Santos – 2 ed. – Brasília; MEC, SECAD, 2005.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2011.

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Publicado

2020-04-19

Como Citar

Pereira, G. R., & Brito, A. N. O. (2020). POSSIBILIDADES DE RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO DO CAMPO, MOVIMENTOS SOCIAIS E O ESTADO. Cadernos Macambira, 4(1), 68–70. Recuperado de http://revista.lapprudes.net/index.php/CM/article/view/419