FAMACHA: DIAGNÓSTICO E CONTROLE DE VERMES HEMATÓFAGOS NO TERRITÓRIO DO SISAL E BACIA DO JACUÍPE
Palavras-chave:
H. contortus, Ovinocaprinocultura, SisalResumo
O método FAMACHA é um recurso importante no controle de H. contortus e sua vantagem mais significativa é a redução do número de tratamentos, o que auxilia na diminuição do desenvolvimento de resistência aos vermífugos. É um método de tratamento seletivo, ou seja, objetiva vermífuga somente os animais do rebanho que apresentam anemia, facilmente visualizada na mucosa ocular dos ovinos e caprinos. O método se baseia em informações científicas normalmente ignoradas pelo método de vermifugação tradicional, onde somente parte do rebanho necessita realmente da vermifugação. O trabalho objetivou entrevistar 09 agricultores familiares (produtores) e incentivar os produtores rurais a fazer escrituração zootécnica; estudar o uso do método famacha no controle de verminose na ovinocaprinocultura local e regional; Identificar as condições das instalações zootécnicas; Promover a sanidade animal no território do Sisal e Bacia do Jacuípe no estado da Bahia. Os nove produtores entrevistados são da cadeia produtiva da ovinocaprinocultura, que trabalham com a produção de leite e/ou carne no território do Sisal e Bacia do Jacuípe, para a entrevista de campo foi aplicado de um questionário com perguntas de múltipla escolha, posteriormente foi feita uma avaliação quantitativa com os dados coletados em campo para a sanidade animal e o controle de vermes hematófagos principalmente o H. contortus agente causal de mortes em pequenos ruminantes. Ainda foi distribuída aos produtores rurais a caderneta de escrituração zootécnica para que os mesmos possam fazer o controle do seu rebanho. Após a realização da entrevista detectou-se que apenas 33,3% desses produtores já fizeram o teste Famacha , dado alarmante por ser de fundamental importância para o controle de vermes hematófagos. A falta de manejo sanitário estende a precariedade das instalações sendo que 66,6% fazem rotação de pasto, 88,8%não possuem área de quarentena nem área de isolamento. Entretanto, 77% vermífuga os animais, apenas 55% mudam de medicamento, 45% têm ATER e fazem a escrituração zootécnica, cerca de 77,7% nunca realizaram o exame de OPG. Essa ineficiência reflete diretamente na baixa produtividade e na alta mortalidade chegando a 45%, no período seco o índice de verminose é de 55%.
Referências
MOLENTO, M. B.; SEVERO, D. Famacha. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2004.4 p. (Folheto técnico).
MOLENTO, M. B.; TASCA, C.; GALLO, A.; FERREIRA, M.; BONONI, R.; STECCA, E. Método Famacha como parâmetro clínico individual de infecção por Haemonchus contortus em pequenos ruminantes. Ciência Rural, v. 34, p. 1139-1145, 2004.