ADUBAÇÃO ORGÂNICA: INFLUÊNCIAS DA BIOMASSA VEGETAL NO DIÂMETRO DO CAULE DO CACAUEIRO

Autores

  • STALLEN SOUZA SANTOS Instituto do Federal Baiano – Campus Uruçuca
  • JEFFERSON VINICIUS BOMFIM VIEIRA Instituto do Federal Baiano – Campus Uruçuca
  • MANUELA QUEIROZ LIMA Instituto do Federal Baiano – Campus Uruçuca
  • FRANCISCO DE SOUZA LIMA Instituto do Federal Baiano – Campus Uruçuca

Resumo

Enxertia é uma forma de propagação assexuada ou vegetativa, no qual utiliza-se uma planta que esta
madura, ou seja, já passou pelos estágios de floração e frutificação, pois desta forma é possível fazer, mudas que
produzam em menor tempo, do que as semeadas com a mesma finalidade. Esta prática é realizado por meio de
soldura de partes da planta, as mudas feitas por esse procedimento são em termos genéticos iguais, ou seja, são
de origem clonal da planta matriz, tendo menor variação genética para proteção do cultivo por ataque de
patógenos, comparado ao método sexuado.

considera enxertia como uma operação que consiste em se justapor um
ramo ou fragmento de ramo com uma nova ou mais gemas sobre outro
vegetal, de modo que ambos se unem e passam a constituir um único
individuo originando uma nova planta. (FACHINELLO et al. in
SODRE. 2013 p.11.) 

De modo geral esta técnica é de fácil execução, principalmente por produtores rurais em seus cultivos
que visão a produção de frutos em menor tempo, é também utilizada em copas dos cacaueiros mais resistentes e
de boa produtividade, além da possibilidade de realizar esta prática durante boa parte do ano a depender da cultura
economicamente explorada. Segundo Sodre (2017) “A propagação vegetativa em cacaueiro, já vinha sendo usada
na América central desde o século passado”, inseridos nos pacotes tecnológicos da CEPLAC. É recomendado a
enxertia em cacaueiros adultos nos brotos basais, com bom desenvolvimento vegetativo e que apresente uma
média de diâmetro variando entre 0,7 e 1,0 cm, correspondente ao diâmetro das mudas jovens que receberão o
porta-enxerto. Existem várias maneiras de se realizar essa técnica, como por exemplo, a enxertia precoce, com
30 dias após a semeadura até 3 meses, em geral de 4 a 6 meses para as mudas em sacos, e em a partir dos 12
meses para as mudas que estão em campo, esta última é a menos utilizada na cacauicultura. Utilizando com mais
frequência os processos como garfagem de topo, garfagem lateral, e borbulhia em janela aberta, onde é realizado
tanto em mudas no viveiro, quanto no campo. É recomendado que o produtor tenha mão de obra qualificada e
que tenham atenção com os equipamentos de proteção, na hora da coleta de material genético, armazenamento e
transporte.
A adubação orgânica tem seu princípio ecológico na decomposição por ação dos microrganismos, das
biomassas animais ou vegetais, neste processo todos os organismos participam do ciclo biológico, aumentando a
biofertilizante do solo, e disponibilizando de forma lenta e gradual soluções nutritivas no solo.

A adubação orgânica é a prática de colocar no terreno os resíduos
orgânicos, como: esterco, urina e restos de animais, palhas, capins, lixo,
serragem, restos de culturas e capinas, cama de estábulos ou
galinheiros, bagaços, ou farinha de ossos e farinha de carne, entre
outros, que se transformam em húmus (LIMA; CAETANO; SOUZA.
p.3. 2015).

A decomposição das biomassas vegetais ajudam no desenvolvimento e nutrição da muda, influenciando
em seu crescimento e diâmetro.
Objetivando analisar a influência de 5 tipos de biomassa para avaliar o diâmetro do caule do cacaueiro
em dois tipos de solos, arenoso e argiloso, depois de um período de 3 meses de experimentação. Como
justificativa, ao se utilizar as biomassas vegetais de plantas, não utilizadas convencionalmente para a adubação,
que são encontradas com maior facilidade pois estão presentes na maioria das propriedades dos cacauicultores.
Estas plantas para adubação de mudas, pode minimizar os gastos externos, de forma a garante um retorno
econômico, na produzir mudas sadias, e resistentes ao processo de enxertia.
A metodologia do projeto conta com 5 tipos de biomassa como, ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata), cobi
(Senna multijuga), nim (Azadirachta indica), gliricídia (Gliricidia sepium) e leucena (Leucaena leucocephala) mais 1 controle por solo, com quatro repetições e em dois tipos de solos distintos (arenoso e argiloso), totalizando
24 vasos por solo e 48 no total, fazendo a experimentação com o cacau híbrido, seguindo as seguintes etapas:
coleta das biomassas; secagem em estufa de ventilação forçada; trituração do material em moedor de facas
industrial; distribuição de 75g de cada biomassas em 5 litros de solo em delineamento de blocos casualizados; 30
dias de mineralização das biomassas nos solos; plantios das sementes; condução do experimento no período de 3
meses após a germinação; coleta e análise dos dados, no programa Sisvar, a 0,01% de significância.
Os dados obtidos foram sistematizados no programa Sisvar, com teste ANOVA e Tukey a 0,01%. Ao analisar o diâmetro do caule em ambos os solos, conclui-se que não ouve destaque no quesito
diâmetro do caule, porém dentre as biomassas vegetais a ora-pro-nóbis demonstrou maior desenvolvimento em
relação as outras biomassas, obtendo uma média de 8,6 mm (tabela 02), ou seja, 0,86 cm de diâmetro,
demonstrando-se mais apto no desenvolvimento do diâmetro do caule do cacaueiro para o processo de enxertia.
Contudo em função dos diferentes tipos de solos fez-se necessário a análise dos tratamentos separadamente em
seus respectivos solos. Conforme ilustrado no gráfico 02 e 03.

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Publicado

2021-08-27

Como Citar

SANTOS, S. S., VIEIRA, J. V. B., LIMA, M. Q., & LIMA, F. D. S. (2021). ADUBAÇÃO ORGÂNICA: INFLUÊNCIAS DA BIOMASSA VEGETAL NO DIÂMETRO DO CAULE DO CACAUEIRO. Cadernos Macambira, 4(2), 60–64. Recuperado de https://revista.lapprudes.net/CM/article/view/371