JARDINS SENSORIAIS: CONTRIBUINDO PARA A INCLUSÃO E DIFUSÃO DO CONHECIMENTO DE PLANTAS MEDICINAIS PARA PESSOA COM DEFICIENCIA VISUAL
DOI:
https://doi.org/10.59033/cm.v8i4.1065Keywords:
Acessibilidade, Ambiente inclusivo, Educação AmbientalAbstract
O Brasil, pais de dimensões continentais tem tentado construir ações inclusiva em diversos espaços educacionais, principalmente por meio de políticas públicas tendo como referência a educação inclusiva e especial. Desta forma, as políticas de acessibilidade têm apontado que as práticas educacionais estão atingindo um público que vem assumindo um protagonismo cada vez mais forte, que são as pessoas com deficiência. Assim, temos notado que as instituições públicas e também particulares, tem procurado alcançar esses sujeitos, buscando fortalecer sua participação, oportunizado que eles assumam um protagonismo que outrora era inexistente, embora saibamos que muitos ainda têm se passado como pessoas invisíveis, sem voz em muitos cenários da educação. Assim, construímos este projeto de pesquisa e extensão, para submissão e apreciação ao programa de mestrado de ciências ambientais do IF Baiano, Campus Serrinha, biênio 2021-2023, cujos objetivos específicos foram registrar a produção de jardins sensoriais, em âmbito nacional; os objetivos específicos foram: a utilidade de tais jardins para a pessoa com deficiência; sua contribuição para a inclusão e o resgate do conhecimento ancestral sobre as plantas medicinais e o uso terapêutico de tais jardins para este público especifico e, finalmente, ter ciência dos diálogos desenvolvidos no ambiente acadêmico do ensino superior sobre o uso das plantas medicinais. A educação superior, principalmente os que trabalham com temas ligados a agroecologia, alimentação saudável, sustentabilidade e demais temáticas devem promover grande impulso na difusão não apenas do conhecimento, mas das práticas ancestrais do e no uso de plantas medicinais, não podendo deixar de contribuir para o fortalecimento desses diálogos e reflexões. Desta forma, este trabalho de pesquisa, sob a ótica da inclusão da pessoa com deficiência, realizou práticas no cotidiano desse sujeito, dando-lhe vez e voz, sob a produção deste conhecimento. Embora, os jardins sensoriais da antiguidade apresentassem a característica de propiciar o lazer, os atuais têm ido muito mais além dessa questão. Portanto, a metodologia foi de pesquisa qualitativa, na perspectiva da pesquisa interativa e participante, além da pesquisa bibliográfica que deu suporte aos vários tipos de jardins encontrados na literatura nacional e internacional. Obtivemos como resultados o registro de tentativas de construção de jardins sensórias desde a educação infantil, com práticas educacionais para além da educação ambiental, construção de modelos de diversos jardins, bem como jardins internacionais deslumbrantes. A construção de diálogos no ensino superior sobre as práticas de inclusão vinculadas a existência de jardins sensoriais, fomentando práticas inclusão e discussão de um currículo acadêmico com a inserção de temas da educação inclusiva. Concluímos com a pesquisa que é a construção de jardins sensoriais tem contribuída para a inclusão do estudante com deficiência, embora ainda precisemos fortalecer a prática educacional dos conteúdos trabalhados nesses jardins.
References
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