SEXUALIDADE NA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: TABUS E PRECONCEITOS
Keywords:
Deficiência Intelectual, Educação Especial, Educação Sexual, SexualidadeAbstract
Este artigo visa fazer explanações e análises críticas, sobre observações realizadas em uma escola especial em Santa Maria, RS/Brasil, no ano de dois mil e dezoito, na disciplina de Déficit Cognitivo, cadeira esta pertencente a grade curricular do curso de Educação Especial da UFSM. Esta escola possui, alunos jovens e adultos na sua grande maioria com Deficiência Intelectual (DI). Durante as cinco visitas realizadas, e o tempo observado foi latente a temática da sexualidade dentro da escola, justamente por se tratar de um alunado com idade, onde esse assunto normalmente começa a ser mais debatido. O argumento central, ou seja, nossa grande problematização defendida é que a pessoa com deficiência está relacionada geralmente ao rótulo incapacitante da deficiência, trazendo a invisibilidade e o não reconhecimento da sexualidade que eles manifestam, o que é uma premissa, pois as pessoas com deficiência têm sim, seus próprios desejos, isso é inato a todos os seres humanos. Este artigo analisa a contextualização dos alunos pertencentes a esta instituição em que muitas vezes seus desejos não são controlados dentro deste espaço escolar, e dos professores, que relatam que esse assunto os preocupa bastante, e mencionam a grande importância de esclarecimentos sobre educação sexual para diminuir riscos de infecções, gravidez indesejadas, dentre outras adversidades. A metodologia utilizada no trabalho foi a pesquisa qualitativa, tendo como suporte materiais como artigos pesquisados no campo da Sexualidade, Educação Sexual e Deficiência Intelectual. Esse trabalho está composto por algumas Concepções acerca da DI, em seguida discorremos sobre Sexualidade, Educação e DI, relacionando-as. Em um outro momento, vamos expor nossa vivência dentro da Escola Especial, junto dos alunos e professores, e se encaminhando para o final deste trabalho, nossas considerações finais sobre essas temáticas. Autores como Bortolozzi, Maia, Ribeiro e Moreira, dentre outros utilizados nesta pesquisa, nos deram suporte para concretizar nossas ideias sobre esse campo da sexualidade das pessoas com deficiência. Contudo, nossa conclusão se resume em acima de tudo normalizar esses tabus e preconceitos, trazendo cada vez mais informações as pessoas, que sim, as pessoas com deficiência, seja ela qual for, que a sexualidade desperta como em qualquer pessoa típica. E internalizar, que com orientações e informações, vindas da família, escola e de outros profissionais relacionados, este processo que é tão natural do ser humano, seja o mais saudável possível.
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