EXTRATO DE ALGAS MARINHAS COMO BIOESTIMULANTES DE CULTIVARES
DOI:
https://doi.org/10.59033/cm.v8i4.1071Palabras clave:
Inovação, Produção Sustentável, TecnologiasResumen
A crise socioambiental gerada pelos modelos de desenvolvimento rural e tecnológico, vinculados ao paradigma da Revolução Verde, trouxe a necessidade de explorar continuamente formas alternativas de gestão dos recursos naturais e organização social que possam enfrentar positivamente os desafios da produção agrícola sustentável, da preservação da biodiversidade sociocultural e da inclusão social. Vivemos num planeta coberto por vastas massas de água, tanto marinhas como de água doce, e devemos preservar o seu património integral de vida. Podemos ressaltar a diversidade de organismos existentes, de certa forma relacionada à diversidade das comunidades de algas. Cabe a estas a estabilidade dos ecossistemas naturais, pois um número maior de espécies equivalentes funcionalmente, mas com variadas capacidades de tolerância aos inúmeros fatores ambientais, resiste melhor a alterações que ocorrem no meio aquático, inclusive a alterações decorrentes da atividade humana. As algas são organismos que podem ocupar de forma temporária ou permanentemente qualquer meio que lhes forneça luz e umidade suficientes, por isso podem ser encontradas em água doce, água do mar, sobre solos úmidos e até neve. Quer sejam unicelulares ou multicelulares, as algas obtêm todos os nutrientes de que precisam de seu ambiente, por isso são fundamentalmente aquáticas. Este trabalho teve o propósito de analisar e colocar em evidência o potencial uso do extrato de algas como bioestimulantes, analisando sua contribuição inovadora para os meios de produção. O estudo foi fundamentado em pesquisas bibliográficas, onde foram utilizadas para obtenção de materiais, as bases de dados Google Acadêmico e o site de publicações científicas e periódicos Scielo. A busca por alimentos oriundos de sistemas de produção sustentáveis, como o método orgânico, é uma tendência que vem se fortificando e sendo consolidada mundialmente. O aumento da produção e da demanda são sinais que evidenciam uma mudança de hábito alimentar das sociedades, visando diminuir os riscos de contaminação por possíveis resíduos de agrotóxicos nos alimentos ou mesmo, a diminuição do uso destes componentes químicos e enfim o desuso do mesmo. Da necessidade desses métodos inovadores de produção, surgiram os bioestimulantes como uma classe de intensificadores do metabolismo, não considerados como fertilizantes, usados para aumentar a resistência das culturas a vários estresses e às vezes até patógenos, ao mesmo tempo em que melhora o crescimento e o desempenho das plantas, tornando-se um tema com muita relevância a ser discutido e pesquisado. Portanto, os bioestimulantes são considerados um potencial possibilidade aos métodos agrícolas tradicionais e, na maioria dos casos, uma alternativa para reduzir as taxas de aplicações de fertilizantes e pesticidas sintéticos. Os fertilizantes feitos de algas marinhas são biodegradáveis, não tóxicos, não poluentes e não representam risco para humanos e animais. Além dos efeitos mencionados, os bioestimulantes provenientes de algas aumentam o desenvolvimento da rede radicular da planta, o que contribui diretamente para o aumento da absorção dos nutrientes que fornecem. Também auxiliam na quebra da dormência das sementes, regulam a floração e o tamanho dos frutos, além de induzirem a atividade do sistema fotossintético e dos tecidos vegetativos, sendo uma alternativa viável para os produtores.
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