DINÂMICA NO USO DO SOLO NO MUNICÍPIO DE AMÉRICA DOURADA, BAHIA
Palabras clave:
MapBiomas, Problemas ambientais, SemiáridoResumen
América Dourada é um importante município do semiárido baiano pela produção de cebola, mamona e tomate, bem como, criação de gado e galináceos. A pesquisa objetivou identificar as mudanças no uso do solo no período de 1985 a 2022 para fins de monitoramento da expansão agrícola em detrimento do bioma caatinga. Utilizou-se as informações disponíveis no MapBiomas sobre as classes de uso: área urbana, caatinga e agricultura/pastagem. Identificou-se que a área urbana foi a que mais cresceu no período analisado, passando de 78 hectares (ha) para 335 ha em 2022, com população estimada de 15.137 nesse mesmo ano. Por outro lado, a Caatinga, que era a classe predominante em 1985 com 16.399 ha, decresceu para 14.607 ha em 2022, sugerindo substituição dessa classe de uso para outras, como a classe agricultura/pastagem. Esta classe registrou um aumento em torno de 11 mil ha, passando de 58.834 ha em 1985 para 67.250 ha em 2022. Isso reflete uma intensificação das atividades agrícolas e pecuárias na região, onde, em 2017, registrou-se uma área colhida de 897 ha de mamona, 615 ha de milho, 295 ha de cebola e 203 ha de sorgo forrageiro. Com relação à atividade pecuária, o município contabilizou, no mesmo ano, 10.464 cabeças de ovinos, 9.409 cabeças de bovinos e 2.531 cabeças de caprinos, segundo o Censo Agropecuário. Conclui-se que América Dourada vem passando por um intenso processo de supressão da caatinga desde a sua emancipação, em 1985, do município de Irecê, contribuindo para exposição do solo e os riscos relacionados à erosão, diminuição da sua capacidade produtiva, assoreamento de rios e cursos d'água, com consequências para a disponibilidade de água.
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