DINÂMICA NO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NOS MUNICÍPIOS PRODUTORES DE SOJA DO OESTE DA BAHIA
Palabras clave:
Agronegócio, Barreiras, Fragilidade AmbientalResumen
O oeste baiano vivenciou nas últimas cinco décadas, o fenômeno da formação de uma nova fronteira agrária em seu território, com a produção voltada principalmente para o cultivo de soja, e em menor escala café, algodão e milho. Essa alta em produção reflete-se no uso e ocupação do cerrado baiano, principalmente pela supressão do meio natural e a consequente transformação da paisagem. Objetivou-se assim analisar a dinâmica no uso e ocupação do solo nos principais municípios produtores de soja do oeste da Bahia, em 1985 e 2020, utilizando-se da ferramenta MapBiomas e o processamento no Qgis. Os dados fornecidos atestam a diminuição da floresta nativa nesses 15 anos, com supressão de 1.038.730,00ha. Esse decréscimo está relacionado com a expansão da agricultura na região, que obteve um crescimento de 309%, saindo de 296.274,00ha em 1985 para 915.660,00ha em 2020. Além disso, a consolidação da soja, como principal produto agrícola, é responsável pela mudança na paisagem, pois a área plantada que era de 4.112,00 ha em 1985, atingiu 1.535.644,00ha em 2020. Essa transformação é evidenciada pelo mapa de cobertura com o uso e ocupação do solo obtido Qgis, onde, em 1985, a influência da agricultura se mostrava insignificante, tendo apenas poucos fragmentos e com representatividade de apenas 3,81% da área total, enquanto que as formações naturais somadas representavam um total de 94,96%. Identificar a dinâmica no uso e ocupação no oeste da Bahia é de extrema importância visto que a diminuição da vegetação nativa do cerrado afeta a biodiversidade e nos solos da região. Portanto é imprescindível o equilíbrio entre a expansão da agricultura e da preservação dos recursos naturais.
Citas
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