EDUCAÇÃO AMBIENTAL: REPELENTES NATURAIS, SUA IMPORTÂNCIA E USO NO AMBIENTE DOMÉSTICO
Palabras clave:
Repelentes naturais, Educação ambiental, EtnobotânicaResumen
Mundialmente, diversas espécies de mosquitos, como vetores, transmitem inúmeras doenças para cerca de 700 milhões de pessoas por ano, e são responsáveis pela morte de 1 entre 17 dos indivíduos infectados (HESS; SOLDI, 2018; OLIVEIRA, L., 2015). Os repelentes são substâncias aplicadas na pele, roupas, ou superfícies e que tem a capacidade de inibir a aproximação de insetos, podem ser de origem sintética ou natural, onde o primeiro é responsável por altos índices de intoxicação e acidentes domésticos (MARANGONI, 2012). Tendo em vista a substituição aos inseticidas domésticos, que se sabe dos seus efeitos nocivos à saúde por causa dos seus diversos compostos tóxicos, emerge os bioinseticidas, que podem ser utilizados como meio alternativo e sustentável aos inseticidas domésticos, como por exemplo, produtos à base de extrato e óleos essenciais de plantas, pois apresentam princípios ativos com capacidade de repelir insetos e pragas domésticas (GUINATI, et al ., 2014). Embora haja muitas soluções naturais existentes/conhecidas pela população, poucos são os incentivos presentes quando a difusão desse conhecimento para que o seu uso se torne mais presente entre a população, promovendo sustentabilidade ambiental, econômica e social. Os programas de educação ambiental escolar ainda são pouco visíveis e não são ofertados em todas as instituições, além do mais, é um conteúdo pouco trabalhado na educação em geral. Nesse contexto, o presente trabalho objetiva refletir, problematizar e sensibilizar a respeito da importância da utilização das plantas repelentes como bioinseticidas domésticos por meio de uma proposta de intervenção educativa de ensino-aprendizagem numa turma do ensino médio. Por tanto, este trabalho pretende contribuir com os conhecimentos dos estudantes foco da ação, despertando interesse quanto a necessidade da adoção de práticas de cunho ecológico em substituição aos químicos sintéticos, bem como apresentar novas possibilidades na utilização das plantas; compreender algumas composições químicas presente nas mesmas com potencial de repelir insetos; além de ser um meio alternativo e economicamente viável para aplicação no ambiente doméstico. A metodologia consiste na elaboração de uma oficina composta por quatro etapas: sensibilização por meio de recursos audiovisuais e questionamentos; observação da realidade/definição de um problema, diagnosticando os conhecimentos prévios e problematizando a experiência; teorização e vivência prática da realidade e a partir dos conhecimentos adquiridos aos estudantes produzirão um fanzine informativo sobre o referido tema. Como é uma atividade ainda em execução pretende-se realizá-la em uma turma do ensino médio no município de Serrinha/BA. A priori, foi feita uma simulação dessa oficina com os estudantes do curso de licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal Baiano - Campus Serrinha. A ação realizada contribuiu com o conhecimento dos estudantes desse curso por ser uma temática de interesse, bem como serviu para (re)pensar e (re)planejar algumas ações que não deram certo ou não surtiu o resultado esperado como por exemplo o questionário aplicado no início da oficina que não foi muito proveitoso. Assim, percebemos a importância da simulação dessa atividade para que na execução das oficinas não haja nenhum imprevisto.
Citas
HESS, S. C.; SOLDI, C. Riscos Associados aos Pesticidas Domésticos Piretródies. In: HESS, S. (org.). Ensaios Sobre Poluição e Doenças no Brasil. 1 ed. São Paulo: Outras Expressões, 2018.
MARANGONI, C.; MOURA, F. N.; GARCIA, F. R. M. Utilização de Óleos Essenciais e Extratos de Plantas no Controle de Insetos. Revista de Ciências Ambientais, Canoas, v. 6, n.2, p, 97-112, 201