CONHECIMENTO E CONSUMO DE PANC POR ESTUDANTES DO IFBAIANO CAMPUS SERRINHA, REGIÃO SISALEIRA DA BAHIA
Palabras clave:
Saberes, Plantas alimentícias, Biodiversidade, Agrobiocultural, AgroecologiaResumen
Ao longo das seis últimas décadas, com a implementação da “revolução verde” e o avanço das monoculturas tem ocorrido no Brasil e no mundo uma padronização crescente da alimentação humana, que tem se restringido a cerca de 30 espécies. Assim o resgate e valorização de saberes voltados às espécies alimentícias locais ganha importância e significado, especialmente entre os jovens, que já nasceram em meio a esse processo de padronização. O objetivo do presente trabalho foi realizar o levantamento sobre o conhecimento e consumo de plantas alimentícias não convencionais (PANC) por estudantes do curso técnico em agroecologia do Instituto Federal Baiano, campus Serrinha, ingressantes da turma 2019.1. Os questionamentos direcionados aos 37 estudantes como parte das atividades da disciplina de Fundamentos de Agroecologia, na primeira série, buscaram saber quais PANC eram mais conhecidas, quais já foram experimentadas e quais são costumeiramente consumidas. Foram citadas 53 espécies de PANC conhecidas pelos estudantes, sendo que 51 destas já foram experimentadas por eles e 40 são comumente consumidas por pelo menos um dos estudantes. As mais conhecidas são tamarindo e cambucá, conhecidas por 84% dos estudantes, seriguela por 70%, jaca por 68%, língua-de-vaca por 62%, mandacaru (fruto) por 43%, licuri e bredo por 41%, palma e beriberi por 35%, e pinha por 30%. As PANC consumidas por um maior número de estudantes são: umbu (73%), tamarindo e seriguela (59%), cambucá (49%), jaca (38%), licuri (32%), pinha (24%) e língua-de-vaca (16%). Percebe-se que as PANC frutíferas são listadas por mais estudantes como conhecidas e consumidas com maior frequência, levantando aspectos ainda a serem estudados quanto à aceitação alimentícia, conhecimento e oferta dessas PANC nas comunidades e feiras livres da região.
Citas
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