CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DO PÓ DE ROCHAS METAMÓRFICAS DE IPIRÁ-BA

Autores

  • Emily Santos Barbosa Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
  • Deorgia Tayane Mendes de Souza Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)
  • Tatiana Silva Ribeiro niversidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

Palavras-chave:

Remineralizadores, Fluorescência de Raios X, Pó de Rocha

Resumo

Com a expansão da população mundial, a agricultura é a fonte primária de fornecimento de alimentos para os seres humanos e a disponibilização de matéria prima para a indústria de transformação (BASTOS, 2018). Para a manutenção da lavoura, fazem uso de fertilizantes químicos tradicionais, entretanto os danos ocasionados pelo seu uso ao meio ambiente são agravantes, devido aos resíduos tóxicos e também aos altos custos de importação de insumos (PÁDUA, 2014). Diante disso, a rochagem é um método que se baseia na utilização de rochas moídas, que ao serem incorporadas ao solo, liberam de forma gradual nutrientes importantes para a sua fertilidade (LUZ, 2010). Segundo Ribeiro et al., (2021) Ipirá é uma região com mineralizações de fosfatos (apatitas) associadas a calcissilicáticas e mármores. Este trabalho visa avaliar a composição química do pó dessas rochas, para verificar o seu potencial como agromineral. Foram feitas análises de Fluorescência de Raio - X portátil no pó dessas rochas, que são extraídas pela empresa Ipirá Fértil, para comercialização. Essa é uma técnica não destrutiva que permite a identificação e concentração dos elementos químicos presentes no material. A composição de elementos encontrados através da FRX foram: 12,61% (CaO); 5,58% (P2O5); 1,83% (K2O); 1,16% (S); 4,21% (MgO); 4% (Fe); 0,38% (Cl); 0,34 (Mn); 0,015 (Zn); 0,076 (Cu); 0,12% (Ni) e 0,005% (Mb). Observa-se que o pó de rocha analisado apresenta macronutrientes e micronutrientes essenciais na sua formação, com destaque para os maiores teores de cálcio e fósforo. Portanto, a adição desse material ao solo, pode alterar o índice de fertilidade do mesmo para as plantas, e promover a melhoria de propriedades físico-químicas do solo, o que o torna um remineralizador efetivo.

Biografia do Autor

Emily Santos Barbosa, Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

Estudante de Agronomia, Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santana, Bahia.

Deorgia Tayane Mendes de Souza, Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

Professora Drª do PPG em Modelagem em Ciências da Terra e do Ambiente (PPGM/UEFS), Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santana, Bahia.

Tatiana Silva Ribeiro, niversidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)

Professora Ms. do Departamento de Ciências Exatas (DEXA/UEFS), Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santana, Bahia

Referências

BASTOS. L. A. et al. Resposta do milho a doses de fósforo. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental v.14, n.5, p.485 -- 491, 2010 Campina Grande, PB, UAEA/UFCG. 2008

DETTMER. A.C. Uso de Pó de Rocha Como Fonte Alternativa de Adubação em Cultivos Anuais Para as Culturas de Soja e Milho, Sob Contextos Técnicos e Econômicos no Mato Grosso do Sul. Tese de Doutorado. Universidade Católica Don Bosco. Mato Grosso do Sul. 2021.

LOUREIRO, F.E.V., NASCIMENTO, M. Fertilização natural: rochagem, agricultura orgânica e plantio direto: breve síntese comercial. Rio de Janeiro: CETEM/Petrobrás, 2009. P. 81.

LUZ, A. B. et al. Rochas, minerais e rotas tecnológicas para a produção de fertilizantes alternativos. Agrominerais para o Brasil. Rio de Janeiro: 2010. Cap.4, p.61-88.

PÁDUA. E. J. Rochagem como adubação complementar para culturas oleaginosas. Tese de Mestrado. Universidade Federal de Lavras. 2014.

RIBEIROT.S., et al. Evidence of Paleoproterozoic phosphogenesis in the Salvador-Curaçá Orogen (Tanque Novo-Ipirá Complex), northeastern São Francisco Craton, Brazil. (2021). Brazilian Journal of Geology, 51(3): https://doi.org/10.1590/2317-4889202120190137.

Publicado

2024-03-06

Como Citar

Barbosa, E. S. ., Souza, D. T. M. de, & Ribeiro, T. S. (2024). CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DO PÓ DE ROCHAS METAMÓRFICAS DE IPIRÁ-BA. Cadernos Macambira, 8(especial2), 38–39. Recuperado de https://revista.lapprudes.net/CM/article/view/1276