ESTUDO COMPARATIVO NO BRASIL E MOÇAMBIQUE: UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE NOS CASOS DE INFECÇÃO POR SARS-CoV-2
DOI:
https://doi.org/10.59033/cm.v8i2.899Palavras-chave:
Erva Medicinal, Covid-19, PrevençãoResumo
O uso de plantas medicinais para controlar enfermidades acompanha toda a história da humanidade, pois as plantas, de um modo geral, produzem compostos metabólitos químicos essenciais à sua sobrevivência, presentes em óleos oriundos de sementes, folhas e as raízes que são extraídos e utilizados em processos fitoterápicos de pessoas doentes. Muitas dessas propriedades medicinais já foram comprovadas cientificamente para diversas enfermidades. No ano de 2020, foi decretada uma pandemia mundial, ocasionada pelo vírus SARS-CoV-2. Essa infecção pode gerar uma série de sintomas, (febre, dor de garganta, tosse, coriza, diarreia) e nos casos mais graves problemas respiratórios. Com isso, há uma necessidade de respostas eficazes para tratamento da saúde mediante as consequências ocasionadas pela Covid-19. A partir disso, o presente trabalho teve como objetivo conhecer as plantas medicinais que brasileiros e moçambicanos têm utilizado para se tratar dos sintomas causados pela doença, através de um estudo comparativo entre os dois países. A pesquisa tem natureza qualitativa e do tipo exploratória, desenvolvida mediante entrevista dos moradores do Brasil (Bahia e Sergipe) e Moçambique (Montepuez), através do formulário gerado no Google forms com 17 perguntas, com termo de livre esclarecimento, submetidas ao CEP (SAED-UFRB/UNIROVUMA. A amostra 1 foi composta por 80 brasileiros e a amostra 2 72 moçambicanos. Identificou-se nas mostras que (1) 70% dos entrevistados eram do sexo feminino e na segunda (2) correspondeu a 77,8% do gênero masculino. Sobre a idade, no Brasil a maior participação se deu por pessoas de 18 a 25 anos (50%), seguido por 26 a 40 anos (40 %), já em Moçambique, a idade foi entre 26 a 40 anos (47%), seguida por 18 a 25 anos (47%). Ao serem questionados se já tiveram Covid-19, a maior parte das duas amostras mencionaram que não, (1 - 72,7%, 2 - 94,4%) Sobre os que tiveram a Covid-19: no Brasil foram 27,3% e em Moçambique apenas 5,6%. Questionados se utilizam plantas medicinais no tratamento, 54% dos brasileiros disseram que sim, principalmente na prevenção dos sintomas. Quais folhas fazem o uso? Na amostra 1, relatou-se o eucalipto (Eucalyptus globulus & Borralho) 48%, a folha de pitanga (Eugenia uniflora& Alves) 28%. Já os moçambicanos, apenas 27,8% declaram utilizar a medicina alternativa, citando o uso das folhas, eucalipto (Eucalyptus globulus & Borralho) 63,7%, gengibre (Zingiber officinale & Roscoe) 9,1%. Como adquirem as plantas medicinais, 42,1% dos brasileiros possuem no quintal de casa, seguido pela opção de compra com 31%; já os moçambicanos têm a maior obtenção em ambientes abertos 61,1%, seguido pela opção de compra 27,8%. Em relação à forma de uso, no Brasil (80%) e em Moçambique (72%) a maior utilização é por fervura. Conclui-se que os entrevistados em sua maioria não tiveram a Covid -19, no entanto, não se sabe se o fato de não contraíram a doença está relacionado diretamente ao uso habitual da folha do eucalipto, gengibre e da pitanga, pensando nas propriedades ligadas a elas ou por falta de diagnóstico da doença.
Referências
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