EDUCAÇÃO E SAÚDE AMBIENTAL: POSSÍVEIS REFLEXÕES EM ESCOLAS MUNICIPAIS

Autores

  • Edeilson Brito de Souza edeilsonbritoebs@gmail.com
    Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha
  • Marcela Kelly Sena de Jesus marcelakelly2009@gmail.com
    Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha
  • João Victor Lima Brandão victor.limabrandao44@gmail.com
    Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha
  • Maria Auxiliadora Freitas dos Santos dorafreitas2004@yahoo.com
    Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha

Palavras-chave:

Educação Ambiental, Saúde Ambiental, Escolas Públicas

Resumo

A educação e saúde ambiental nas escolas são fundamental na sensibilização das pessoas em relação à preservação ambiental e, consequentemente, melhor qualidade de vida. ​No âmbito escolar essa temática é importante, pois a ocorrência de doenças principalmente aquelas de veiculação hídrica pela falta de tratamento adequado e por meio da má manipulação de resíduos sólidos, prejudica o rendimento escolar dos estudantes (RADICCHI; LEMOS, 2013). Este trabalho objetivou diagnosticar se e como as escolas realizam estratégias de Educação Ambiental dentro do contexto escolar no município de Serrinha-Ba. Para coletar as informações, realizou-se uma entrevista semi-estruturada (VERDEJO, 2015).  Analisou-se três escolas: duas rurais municipais do ensino fundamental (escola A e escola B) e uma urbana estadual de ensino médio (escola C). Contendo seis questões previamente elaboradas e adaptadas à realidade de cada escola, as entrevistas foram feitas com o responsável pedagógico disponível no momento e visou diagnosticar a educação e a saúde ambiental em três âmbitos específicos: na sala de aula; no âmbito institucional (se há projetos e quais são eles e parcerias institucionais); e no âmbito escolar (práticas de saneamento escolar e se já houve doenças decorrentes de tais práticas), bem como observações. Pode-se perceber que de fato esses conteúdos são discutidos em sala de aula, porém sem pouco ou nenhum aprofundamento sobre ações práticas que possibilitem refletir a realidade vivenciada. A escola C não possui disciplina de Educação Ambiental, tampouco possui projetos acerca do tema, o que é preocupante, mal se fala sobre, apenas em datas comemorativas, também não se fala sobre saúde ambiental e pouco se sabe sobre o tema. Essa escola nunca passou por um episódio em que alunos precisassem faltar às aulas por conta de moléstias causadas por água ou alimentos contaminados, ou doenças relacionadas à falta de saneamento. Na escola A, as ações voltadas à educação ambiental se concentram dentro da sala de aula, uma vez que é conteúdo obrigatório da disciplina de ciências. Entretanto, os professores não fazem atividades extraclasses a respeito desta temática e não desenvolvem quaisquer ações práticas, apesar de considerarem importante abordar sobre. Na escola B, algumas das ações desenvolvidas para trabalhar educação ambiental são feita em sala de aula, a partir de trabalhos e apresentações de seminários e para além desse espaço está sendo desenvolvido um projeto em parceria com o Projeto Despertar; os agentes de saúde e enfermeiras fazem pequenas palestras em sala de aula de conscientização para os alunos. Há também  um projeto de construção de uma horta, feito por professores da disciplina semiárido. É preciso que as escolas e principalmente os professores adotem metodologias mais específicas e interdisciplinares para trabalhar a educação ambiental, tendo em vista a relevância da temática. Conclui-se que não há uma disciplina específica nas escolas para trabalhar a essas temáticas e apesar de constar no plano municipal, apenas uma destas escolas aborda estas temáticas de forma mais atenciosa na disciplina de Ciências, assim, rever o currículo escolar, inserindo práticas sobre esses temas são de fundamental importância.

Biografia do Autor

Edeilson Brito de Souza, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha

Graduando Licenciatura em Ciências Biológicas.

Marcela Kelly Sena de Jesus, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha

Graduanda Licenciatura em Ciências Biológicas.

João Victor Lima Brandão, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha

Graduando Licenciatura em Ciências Biológicas.

Maria Auxiliadora Freitas dos Santos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano, Campus Serrinha

Mestre em Engenharia Civil e Ambiental.

Referências

EFFTING, Tânia Regina. Educação Ambiental nas escolas públicas: realidade e desafios. Marechal Cândido Rondon, 2007.
RADICCHI, A. L. A.; LEMOS, A. F. Saúde Ambiental. Belo Horizonte: Nescon/UFMG, 2013.
VERDEJO, M. Diagnóstico Rural Participativo: guia prático. Brasília-DF, 2010.

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Publicado

2020-04-13

Como Citar

Souza, E. B. de, Jesus, M. K. S. de, Brandão, J. V. L., & Santos, M. A. F. dos. (2020). EDUCAÇÃO E SAÚDE AMBIENTAL: POSSÍVEIS REFLEXÕES EM ESCOLAS MUNICIPAIS. Cadernos Macambira, 5(1), 34–35. Recuperado de https://revista.lapprudes.net/index.php/CM/article/view/317

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