A inclusão da pessoa com deficiência no ensino superior: possibilidades e desafios no acesso e permanência
Palavras-chave:
Pessoa com Deficiência, Ensino Superior, Políticas Inclusivas, Acessibilidade, MedicinaResumo
O presente trabalho investiga o processo de acesso e permanência de estudantes com deficiencia no curso de Medicina. Assim, realizamos um resgate histórico das pessoas com deficiência e destacamos cinco fases: exclusão; institucionalização; segregação; integração e fase da inclusão. O objetivo desta pesquisa consiste em buscar, a partir dos relatos dos participantes da pesquisa, um panorama sobre os processos de inclusão vivenciados na universidade e em compreender o processo histórico da educação inclusiva. A metodologia deste estudo ancora-se numa pesquisa qualitativa exploratória e foi desenvolvida a partir da dissertação de Mestrado em Educação da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), intitulada: “A inclusão no ensino superior: um estudo sobre as necessidades educacionais especiais de estudantes no curso de Medicina”. Tivemos, como base teórica, Mantoan (2003); Capellini e Fonseca (2017); Stainback e Stainback (1999), Glat, Pletsch e Fontes (2007), entre outros. Perpassamos pelos documentos oficiais que norteiam a educação brasileira: Constituição Federal de 1988, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB 9394/96 e a Lei Brasileira de Inclusão - LBI 13. 146/2015, o Programa Incluir desenvolvido pelas Secretarias de Educação Superior (SESU) do Ministério da Educação (MEC), trouxeram para a pesquisa a perspectiva do direito à educação em todos os níveis e modalidades de ensino. Os resultados encontrados apontam que é necessário consolidar as políticas de inclusão. O processo inclusivo pleno não é uma tarefa fácil, é preciso uma estruturação progressiva e uma mudança significativa no universo acadêmico e na concepção que o movimento inclusivo propõe.
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