Acessibilidade e audiodescrição: percepções de um atleta cego em uma competição de judô paralímpico

Autores

  • Sara Cristina da Penha Viana PREFEITURA MUNICIPAL DE IPATINGA-MG

Palavras-chave:

Inclusão, Deficiência Visual, Audiodescrição, Judô

Resumo

O presente artigo visa descrever as percepções sobre acessibilidade, em especial do recurso de audiodescrição de um atleta com deficiência visual (DV) em competições de judô paralímpico e de Judô Para Todos, procurando conhecer e compartilhar suas experiências enquanto atleta paraolímpico. A metodologia utilizada foi um estudo de caso de cunho qualitativo, utilizando como coleta de dados a entrevista realizada durante os intervalos da competição. Concluiu-se que apesar da competição internacional ser voltado para pessoas com deficiência visual e utilizar algumas ferramentas acessíveis, como: piso tátil, guias nas rampas, o evento não foi efetivamente acessível, pois não se utilizou a audiodescrição. Desse modo, consideramos a urgência em se organizar uma comissão para a discussão da acessibilidade no eventos de judô inclusivo, buscando não apenas respeitar uma questão legal, mas sobretudo a vivência da prática esportiva à todos sem exclusões, pois, o esporte pode propiciar novas perspectivas e melhoria na qualidade de vida.

Biografia do Autor

Sara Cristina da Penha Viana, PREFEITURA MUNICIPAL DE IPATINGA-MG

Professor Especialista Pós-graduanda do programa de especialização em esportes e atividades físicas inclusivas para pessoas com deficiência, pela Universidade Federal de Juiz de Fora -UFJF - Graduada em Educação Física pelo Centro Universitário UNILESTE-MG – Docente da Rede Municipal da Prefeitura Municipal de Ipatinga-MG- Faixa preta de Judo 2º DAN – Graduada pela FMJ. 

Referências

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Publicado

2023-01-30

Como Citar

Viana, S. C. da P. . (2023). Acessibilidade e audiodescrição: percepções de um atleta cego em uma competição de judô paralímpico. Cadernos Macambira, 7(3), 369–375. Recuperado de https://revista.lapprudes.net/CM/article/view/833