Pobreza menstrual: percepções de docentes das disciplinas de ciências e biologia da educação básica de Feira de Santana, Bahia

Resumo

O presente trabalho analisou as percepções de docentes de escolas do município de Feira de Santana-BA sobre a pobreza menstrual, considerando os vários contextos socioeconômicos e socioculturais vividos por estudantes. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, utilizando o questionário online como instrumento de produção de dados, incluindo questões abertas e fechadas, divididas em sessões, sendo uma dedicada à abordagem do sistema genital, outra à menstruação, e uma última dedicada à pobreza menstrual. Nos resultados foi possível observar um amplo conhecimento sobre como desenvolver os conteúdos de sistema genital, e uma pluralidade de respostas sobre a menstruação e a pobreza menstrual, onde pessoas menstruantes demonstram maior familiaridade sobre estes tópicos. Desse modo, torna-se fundamental que pessoas não menstruantes ampliem suas percepções em torno do assunto, de modo a repensar a compreensão do ato de menstruar como algo estranho, ressignificando o processo de normatização de corpos numa sociedade binária.