Memória e descoberta de ancestralidade no percurso acadêmico
DOI:
https://doi.org/10.35642/rm.v8i1.1241Palavras-chave:
Memória, Povos Originários, Escrevivências, Universidade, AncestralidadeResumo
É uma análise da descoberta de ancestralidade da autora deste artigo durante realização de pesquisa de doutorado intitulada: Povos Originários e Universidade multicampi: vivências acadêmicas e processos de reterritorialização. A abordagem é qualitativa com técnica de escrevivências, apoiada no recurso da interseccionalidade, e na proposta teórica denominada de pesquisador encarnado. O procedimento é de revisão de literatura. A análise intercala conceitos e teorias das searas da Sociologia, Antropologia, Estudos Culturais, Indigenismo e Educação, portanto possui caráter interdisciplinar. O objetivo é discutir os conceitos como memória, aculturação, subalternidade, estranhamento, existência e vivência, numa perspectiva decolonial, enlaçados com os percursos de vida e acadêmico da autora e pesquisadora. Conclui-se que a universidade é o espaço adequado para produções sensíveis e acadêmicas e que contribuem para o diálogo com os subalternos, em especial, os povos originários.
Downloads
Referências
ABBAGNANO, Nicolla. Dicionário de Filosofia. 1ªed. Martins Claret: São Paulo, 2007.
ALMEIDA, Arthur Gomes. A história de a: escrevivências de um aluno cotista negro no curso de psicologia da UFRGS. 2018, 83f. Monografia (Graduação em Psicologia) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2018.
BOBBIO, Noberto. Dicionário de Política. Coordenação de tradução João Ferreira. 5ª ed. Brasília: Editora Universitária de Brasília: São Paulo, 2000.
BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
BRASILEIRO, Sheila. Verbete Kiriri. Site Povos Indígenas no Brasil - ISA. 2003. Disponível em: https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Kiriri. Acesso em: 7 jul. 2022.
CALDERÓN, Adolfo Ignacio. Repensando o papel da Universidade. Revista de Administração de Empresas. v. 44, n. 2, 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rae/v44n2/v44n2a09. Acesso em: 07 set. 2020.
COELHO, Maria Clara Ruas. O Direito à memória como instrumento de reflexão crítica do passado e de criação de um novo futuro. Caderno Virtual. v. 1, n. 33. 2016. Disponível em: https://www.portaldeperiodicos.idp.edu.br/cadernovirtual/article/view/1196. Acesso em 20 mar. 2021.
COLLINS, Patricia Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade [recurso eletrônico]. Tradução Rane Souza. - 1. ed. - São Paulo: Boitempo, 2020.
DOMINGUES, Heloisa M. Bertol. A geografia e o exótico brasileiro. Terra Brasilis: Revista da Rede Brasileira de História da Geografia e Geografia Histórica, n. 2, p. 1-12, 2000. DOI: https://doi.org/10.4000/terrabrasilis.312.
GRUPIONI, Luís Donisete Benzi. (Org.) As leis e a educação escolar indígena: Programa Parâmetros em Ação de Educação Escolar Indígena. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Fundamental, 2001.
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico de 2022. Disponível em: https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/. Acesso em: 08 ago. 2023.
KRENAK, Ailton. O amanhã não está à venda. Companhia das Letras. Edição do Kindle. [recurso digital]. 2020.
LINO, Tayane Rogéria. O lócus enunciativo do sujeito subalterno: fala e emudecimento. In: Anuário de literatura: Publicação do Curso de Pós-Graduação em Letras, Literatura Brasileira e Teoria Literária, ISSN 1414-5235, v. 20, n. 1, 2015, págs. 74-95.
MARTINS, Paulo Henrique. Capitalismo Colonial e Crítica Teórica: Intersecções entre o Sul-Global e o Norte-Global. Teoria Crítica da Colonialidade. 1ª Edição - Rio de Janeiro: Ateliê de Humanidades, 2019. Disponível em: www.ateliedehumanidades.com. Acesso em: 21 set. 2020.
MESSEDER, S. A.; NASCIMENTO, C. G. do (Orgs.). O/A Pesquisador/a Encarnado/a: experimentações e modelagens no saber fazer das ciências. Salvador: EDUFBA, 2020.
OLIVEIRA, Andréa Carvalho. Direito à memória das comunidades tradicionais: organização de acervo nos terreiros de candomblé de Salvador, Bahia. Ciência da Informação, Brasília, DF, v. 39, n. 2, p. 84-91, maio/ago. 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-19652010000200007
OLIVEIRA, Célia. Escrevivências e reflexões sobre práticas Pedagógicas nas ações para as relações Étnicorraciais. In: V Colóquio Internacional Educação Cidadania e Exclusão, V, 2018, Niterói. Anais. Rio de Janeiro: UFF, 2018. p. 1-9. Disponível em: http://www.editorarealize.com.br/revistas/ceduce/trabalhos. Acesso em: 04 jan. 2020.
OLIVEIRA, Marcelo de Jesus de; SAMPAIO, Juliano Casimiro de Camargo. Escrevivência – um conceito em expansão. Revista Porto das Letras, v. 8, n. 4, p. 271-290, 2022. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/11837. Acesso em: 08 ago. 2023.
PEREIRA, Elisabete Monteiro de Aguiar (Org.). Universidade e Currículo: Perspectivas de educação geral. Campinas, Mercado de Letras. 2010.
RAMOS, Dalton Luiz de Paula. Bioética: pessoa e vida. 1ª ed. São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora, 2009.
REIS, Maurício e Novais; ANDRADE, Marcilea Freitas Ferraz de. O pensamento decolonial: análise, desafios e perspectivas. Revista Espaço Acadêmico, n. 202, 2018, p. 1-11. Disponível em:
https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/download/41070/21945/ Acesso em: 15 dez. 2023.
REESINK, Edwin. A salvação: as interpretações de Canudos à luz da participação indígena e da perspectiva conselheirista. Raízes, Campina Grande, ano XVIII, n. 20, p. 147-158, 1999.
SILVA, Joelma Boaventura da; SILVA, Almacks Luiz. Os Kiriri de Jacobina e os riscos ambientais da exploração aurífera. Revista Interdisciplinar em Educação e Territorialidade – RIET, v. 2, n.2, p. 409–430, 2021. DOI: https://doi.org/10.30612/riet.v2i2.14511
SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paula (org.) Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.
SOARES, Lissandra Vieira; MACHADO, Paula Sandrine. "Escrevivências" como ferramenta metodológica na produção de conhecimento em Psicologia Social. Revista Psicologia Política, v. 17, n. 39, p. 203-219, 2017. Disponível em: https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-549X2017000200002. Acesso em: 15 dez. 2023.
SUAREZ-KRABBE, Julia; UNIVERSITET, Roskilde. Pasar Por Quijano, salvar a Foucault. Protección de identidades blancas y decolonización. Tabula Rasa, n. 16, p. 39-57. Jan. 2012. Bogotá. Disponível em: http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1794-24892012000100004&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 26 ago. 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Macambira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.