Submissão
Condições para submissão
Todas as submissões devem atender aos seguintes requisitos.
- Os autores concordam em conceder a Revista Macambira o direito de primeira publicação dos artigos submetidos;
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- Os autores transferem os direitos sob o arquivo e seus metadados adicionais a Revista Macambira.
Artigos de fluxo contínuo
Nesta seção serão publicados artigos submetidos em fluxo contínuo.
Agroecologia
Submissão de artigos científicos, artigos de revisão, comunicações técnicas, resenhas, entrevistas e relatos de experiência que apresentem contribuições relevantes para a Agroecologia nas suas diversas vertentes.
Educação e Ensino
Submissão de artigos científicos, artigos de revisão, comunicações técnicas com ênfase em propostas pedagógicas, resenhas, entrevistas e relatos de experiência que apresentem contribuições ao debate contemporâneo acerca da Educação e do Ensino.
Estudos Agrários
Submissão de artigos científicos, artigos de revisão, comunicações técnicas, resenhas, entrevistas e relatos de experiência que apresentem contribuições relevantes para os estudos agrários.
Economia Solidária e Cooperativismo
Submissão de artigos científicos, artigos de revisão, comunicações técnicas, resenhas, entrevistas e relatos de experiência que apresentem contribuições relevantes para a Economia Solidária e Cooperativismo.
Educação do Campo
Submissão de artigos científicos, artigos de revisão, resenhas, entrevistas e relatos de experiência que apresentem contribuições relevantes para a Educação do Campo.
Trabalho e Educação
Submissão de artigos científicos, artigos de revisão, resenhas, entrevistas e relatos de experiência que apresentem contribuições relevantes para o campo Trabalho e Educação.
Ciências Ambientais
Submissão de artigos científicos, artigos de revisão, comunicações técnicas, resenhas, entrevistas e relatos de experiência que apresentem contribuições ao debate contemporâneo das Ciências Ambientais.
Políticas Públicas
Submissão de artigos científicos, artigos de revisão, resenhas, entrevistas e relatos de experiência que apresentem contribuições relevantes para os estudos de políticas públicas relacionadas, prioritariamente, com a questão agrária e territoriais, trabalho e renda, agroecologia e segurança alimentar.
Estudos Territoriais
Submissão de artigos científicos, artigos de revisão, comunicações técnicas, resenhas, entrevistas e relatos de experiência que apresentem contribuições relevantes para a Agroecologia nas suas diversas vertentes.
Educação Ambiental
Submissão de artigos científicos, artigos de revisão, comunicações técnicas, resenhas, entrevistas e relatos de experiência que apresentem contribuições relevantes para a Educação Ambiental.
NÚMERO ESPECIAL: “Sobre si, os seus e o mundo – trajetórias de famílias da roça em autoetnografias”
O número especial, intitulado: “Sobre si, os seus e o mundo – trajetórias de famílias da roça em autoetnografias” é uma posposta do Grupo de Pesquisa Família, (Auto)Biografia e Poética (FABeP), criado e liderado pela Professora Doutora Elaine Pedreira Rabinovich no âmbito do Programa de Pós-graduação em Família na Sociedade Contemporânea (PPGFSC) da Universidade Católica do Salvador (UCSal) e veiculado à linha de pesquisa Contextos Familiares e Subjetividade.
Os artigos e ensaios do número especial serão contribuições teórico-metodológicas ou estudos de casos das(os) Pesquisadoras(es) do FABeP, correspondendo a um dos campos de estudo priorizados no escopo editorial da Revista Macambira – ISSN 2594–4754, DOI: 10.35642, Qualis: B1 (2017-2020) – a saber: Família e Ruralidades.
O Grupo de Pesquisa FABeP vem se dedicando há bastante tempo ao debate acerca da dimensão poética da família, compreendendo-a (a família) como uma construção do imaginário social, em que diferentes concepções surgem com tons conservadores, progressistas ou em zonas cinzentas onde fica difícil perceber o espectro ideológico de tais concepções; contudo, as pesquisas sobre família no FABeP não reforçam a “[...] visão conservadora, pautada nos valores morais e religiosos, propagados na sociedade brasileira patriarcal, submersa nas hierarquias de gênero.” (Reina; Bastos, 2023, p. 28).
Assim, as(os) pesquisadoras(es), empunhando sua voz enunciada na primeira pessoa, tornam-se o ‘locus biográfico’ da contação de si, dos seus (a família) e o mundo-cenário do vivido. Nesse protagonismo narrativo de caráter autorrepresentativo, cada pesquisadora e pesquisador é a(o) etnóloga(o) ‘de si’, empreendendo o “[...] retorno ‘para si’ por meio da lembrança [...] uma ‘expedição’ no campo do si-mesmo-como-outro do qual, por um impulso poético, aproxima-se [dos seus, através] dos encontros e reencontros situados [no mundo]”. (Souza, 2023, p. 151, grifos do autor).
Dito isso, o objetivo desta proposta é, na circularidade da recordação (auto)etnográfica, ultrapassar “[...] o mero ato de lembrar para nos possibilitar, a partir de narrativas compartilhadas, evocar e reclamar heranças apagadas [...]” de nossas famílias da roça (Silva, 2023, p. 179). Reafirmando o Método Autoetnográfico nos termos das Ciências Humanas ainda mais humana e, por isso, atenta ao protagonismo das experiências dos povos esquecidos (aqui, os povos da roça).
Evidentemente que a preferência pela Autoetnografia não nega ou desconsidera a figura da(o) ‘observadora(o) de fora’ – a(o) etnóloga(o) –, dizendo/escrevendo sobre o ser humano observado. Entretanto, firma a opção pela pesquisa que não, apenas, descreve outras vidas, mas une-se a elas no compromisso de ‘levar a sério’ suas experiências e testemunhos, atentando-se à narrativa em primeira pessoa não como um fetiche de que, tão somente, a(o) esquecida(o) da História pode falar sobre si mesma(o), afinal, a regra é outra: homens brancos, elitizados, urbanos, metropolitanos e laureados indo ao ‘campo’ anotar o que dizem e fazem as(os) sujeitos da pesquisa; mantendo uma distância segura para não “contaminar” os ‘dados’. Se na atualidade as(os) esquecidas(os) podem assumir um método em que os ‘dados’ se abrem para uma (auto)análise enriquecida pelas próprias experiências e as dos seus, esperando compreender esses modos de existir, nota-se que o fetiche pelo homem branco, elitizado, urbano, metropolitano e laureado tem perdido a aura de autoridade suprema (Ingold, 2019; Rabinovich, 2024).
O panorama aqui evidenciado possibilita e fomenta o olhar para múltiplos modos de subjetivação e de estruturação dos contextos. No mesmo caminho, favorece o desvelamento dos legados ancestrais e da práxis ética e política de pessoas que se fazem corpos-territórios (Haesbaert, 2020), resistindo, sobrevivendo e estruturando a vida comunitária em contextos ainda fortemente implicados pela violência colonial. Tal posicionamento, que se aproxima da ideia de contracolonialidade de Antônio Bispo dos Santos (2023), não é somente teórico, mas ético e ideológico, porque desconstrói a ideia de totalidade imposta pela colonialidade e descortina a diversidade de modos de ser, existir e de organizar dos afropindorâmicos (em alusão às/aos quilombolas, negras/os e indígenas); supostamente vencidos, entre os quais estão os povos da roça. Nessa perspectiva, a autoetnografia, como método de pesquisa, pode fortalecer a transformação de ‘sobreviventes’ em ‘supraviventes’, traduzidas(os) nas palavras de Luiz Antônio Simas e Luiz Rufino (2020) como aquelas(les) que não apenas reagem as condições de exclusões, mas transformam as ruínas em espaços de construção coletiva, “[...] armando a vida como uma política de construção de conexões entre ser e mundo, humano e natureza, corporeidade e espiritualidade, ancestralidade e futuro, temporalidade e permanência.” (Simas; Rufino, 2020, p. 6). É assim que fazem as(os) participantes do grupo FABeP.
Portanto, o número especial: “Sobre si, os seus e o mundo – trajetórias de famílias da roça em autoetnografias” é a crença de que existe outra forma de fazer ciência, isto é: “[...] na comunhão entre a experiência e a imaginação, em um mundo para o qual estamos vivos e que está vivo para nós [...]” (Ingold, 2019, p. 17).
Organizadores
Elaine Pedreira Rabinovich - Psicóloga Clínica. Pós-Doutora em Psicologia Socioambiental pela Universidade de São Paulo (USP). Universidade Católica do Salvador (UCSal). Coordenadora do Grupo de Pesquisa Família, (Auto)Biografia e Poética (Fabep-UCSal).
Antonio José de Souza - Teólogo/Historiador. Pesquisador de Pós-Doutorado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Doutor em Família na Sociedade Contemporânea pela Universidade Católica do Salvador (UCSal). Secretaria Municipal de Educação de Itiúba (BA). Integra o Laboratório de Políticas Públicas, Ruralidades e Desenvolvimento Territorial (LaPPRuDes-IFBaiano). Membro do Conselho Editorial da Revista Macambira.
Diana Leia Alencar da Silva - Pedagoga/Letróloga. Doutoranda em Família na Sociedade Contemporânea pela Universidade Católica do Salvador (UCSal). Centro Universitário Dom Pedro II. Integra o Grupo de Pesquisa Família, (Auto)Biografia e Poética (Fabep-UCSal).
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