ADAPTAÇÃO CURRICULAR PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA AULA DE INGLÊS EM TEMPOS DE PANDEMIA

Autores

  • Larissa Guadagnini Governo do Estado de São Paulo
  • Melina Thais Silva Mendes Universidade Federal de São Carlos
  • Wandreia Lúcia de Oliveira Vestri Pedroso Governo do Estado de São Paulo

Palavras-chave:

Educação Especial, Adaptação Curricular, Deficiência Intelectual, Ensino de Inglês, COVID-19

Resumo

O advento de inclusão escolar e os direitos educacionais dos alunos Público Alvo da Educação Especial (PAEE) previstos nas legislações brasileiras culminaram na garantia do acesso escolar, porém trouxeram inquietações acerca da permanência, principalmente aos alunos com deficiência intelectual que necessitam de estratégias específicas para seu desenvolvimento escolar. Para muitos alunos com deficiência intelectual a estratégia adotada para o acesso aos conteúdos escolares tem sido a adaptação curricular. Grande parte dos alunos do Ensino Fundamental II e Médio não possuem conhecimentos básicos de língua portuguesa, dificultando a obtenção aos conteúdos de outras disciplinas. A língua inglesa está estatisticamente entre as disciplinas de menor interesse pelos alunos, principalmente aqueles com alguma deficiência. Diante dos desafios impostos pela pandemia ocasionada pelo COVID-19, o presente relato de experiência traz como uma professora de inglês em parceria com a professora de Educação Especial tem trabalhado em colaboração para propiciarem acesso e desenvolvimento escolar para dois alunos com deficiência intelectual matriculados no segundo ano do Ensino Médio. As professoras elaboraram um material e estratégias divididas em duas etapas: Familiarização e O inglês nosso de cada dia. As etapas contaram com o uso das tecnologias, plataformas, vídeos, atividades impressas e uso de imagens.  Conforme o relato das professoras é possível inferir que a experiência tem trazido ganhos consideráveis para a elaboração dos planejamentos colaborativos, uso de diferentes estratégias e ferramentas para adaptação curricular do conteúdo e proporcionado motivação e interesse dos alunos com deficiência intelectual na disciplina de inglês.

Referências

AAIDD. Definition of mental retardion. (2010). Disponível em: http://www.aamr.org/polices/faq_mental_retardion.shml. Acesso em: 10 set. 2020.

ABREU, B. M. Inclusão e acessibilidade em tempos de pandemia. Pedagogia em Ação, Belo Horizonte, v.13, n. 1, 2020.

AVELINO, W.F.; MENDES, J.G. A realidade da educação brasileira a partir da COVID-19. Boletim de conjuntura (BOCA). Ano II, vol. 2, n. 5, Boa Vista, 2020.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 1996.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Atendimento Educacional especializado: Deficiência mental. Brasília, DF, 2005.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência (estatuto da pessoa com deficiência). Brasília, 2015. Disponível em: Acesso em: 10 set. 2020.

BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência (estatuto da pessoa com deficiência). Brasília, 2015. Disponível em: Acesso em: 10 set. 2020.

BRASIL. Medida provisória nº 934. Estabelece normas excepcionais sobre o ano letivo da educação básica e do ensino superior decorrentes das medidas para enfrentamento da situação de emergência de saúde pública de que trata a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020. Diário Oficial da União, Brasília, 01 abri. 2020.

BRASIL. Parecer 5/2020. Reorganização do Calendário Escolar e da possibilidade de cômputo de atividades não presenciais para fins de cumprimento da carga horária mínima anual, em razão da Pandemia da COVID-19. Diário Oficial da União, Brasília, 28 abri. 2020.

BRASIL. Parecer CNE/CP Nº: 9/2020. Reorganização do Calendário Escolar e da possibilidade de cômputo de atividades não presenciais para fins de cumprimento da carga horária mínima anual, em razão da Pandemia da COVID-19. Diário Oficial da União, Brasília, 09 jul. 2020.

CERICATO. I. L. SILVA. J. L. B. Educação e formação em tempos e cenários de pandemia: entrevista com Magali Aparecida Silvestre. Revista OLHARES, v. 08, n. 02 – Guarulhos, ago. de 2020.

CORREA, J. Novas tecnologias da informação e da comunicação: novas estratégias de aprendizagem. In: COSCARELLI, C. V. (ORG) Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. Belo Horizonte: Autêntica, 2002, p. 43-50.

DENARI, Fátima. Um (novo) olhar sobre a formação do professor de educação especial: da segregação à inclusão. In: RODRIGUES, D. (Org.). Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2006.

FERNANDES, C. S. Representações e construção da identidade do professor de inglês. São Paulo: PUC, 2006.

JANUZZI, G.M de. A educação do Deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. 3. Ed. São Paulo: Autores Associados, 2004. 211 p. (Coleção educação contemporânea).

LIMA, A. L. S; DANTAS, C. V. Alfabetização e letramento: um estudo de caso nos primeiros anos do ensino fundamental na escola pública de Jandira. Revista dos discentes da Faculdade Eça de Queirós, 2013.

LOPES, E. Adequação Curricular: um caminho para a inclusão do aluno com deficiência intelectual. 2010. 166 f. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina 2010.

MENDES, E. G. A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil. Rev. Bras. Educ. [online]. 2006, vol.11, n.33, pp.387-405.

MINETTO, M. de F. Currículo na Educação Inclusiva: entendendo esse desafio. Revista Atual. ampl.—Curitiba:ibpex, 2008.

OLIVEIRA, A. A. S. Adequações curriculares na área da deficiência intelectual: algumas reflexões. In: OLIVEIRA, A. A. S.; OMOTE, S.; GIROTO, C. R. M. (Orgs.). Inclusão escolar: as contribuições da educação especial. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2008.

PINKE, A. Projeto Político Pedagógico. 2015.

POLIDÓRIO, V. O Ensino da Língua Inglesa no Brasil. Revista Unioeste.

ROSSATO, S. M.; CONSTANTINO, E. P.; MELLO, S. A. O ensino da escrita e o desenvolvimento das pessoas com deficiência intelectual. Psicologia em estudo, Maringá, v.18, n. 4, 2013.

SANTOS, T. C. C. Educação Inclusiva: práticas de professores frente à deficiência intelectual. 2012. 200p. Dissertação (Mestrado em Educação). Centro de Educação, Universidade do Rio Grande do Sul, Natal.

SÃO PAULO. (Estado). Secretaria da Educação. Resolução n. 61/2014. Diário Oficial do Estado. São Paulo, 14 de janeiro de 2014.

SÃO PAULO. (Estado). Secretaria da Educação. Nota Técnica 4/2015. Diário Oficial do Estado. São Paulo, 15 de janeiro de 2015.

STAINBACK, S. e STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Tradução: LOPES, M. F. Editora: Artmed, Porto Alegre, 1999.

VIEIRA. L. RICCI. M. C. C. A EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA: SOLUÇÕES EMERGENCIAIS PELO MUNDO. Revista Observatório do ensino Médio de Santa Catarina. Editorial de abril/2020. Disponível em: https://www.udesc.br/ensinomedioemsc. Acesso em: 10 de set. 2020.

WORLD BANK GROUP. Políticas Educacionais na Pandemia do COVID-19: O que o Brasil pode aprender com o resto do mundo? Disponível em: <https://www.worldbank.org/pt/country/brazil/publication/brazil-education-policy-covid-19-coronavirus-pandemic> Acesso em: 10 set.2020.

Publicado

2021-10-20

Como Citar

Guadagnini, L., Mendes, M. T. S. ., & Pedroso, W. L. de O. V. . (2021). ADAPTAÇÃO CURRICULAR PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NA AULA DE INGLÊS EM TEMPOS DE PANDEMIA. Cadernos Macambira, 6(1), 41–54. Recuperado de https://revista.lapprudes.net/CM/article/view/587