CONHECIMENTO GEOGRÁFICO COMO FERRAMENTA DE COMPREENSÃO DA OCUPAÇÃO E FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO: RELATOS DE EXPERIÊNCIA NO PIBID
Palabras clave:
BNCC, Evolução Territorial, TerritorialidadeResumen
No presente trabalho será relatada a experiência de docência, no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) do IF Baiano Campus Santa Inês/BA, realizada com a turma do 8º ano da educação básica do Centro Educacional do Trabalhador (CET), localizado no município de Jaguaquara/BA. As informações acerca da formação do território brasileiro seguem propagadas na visão eurocêntrica, tendo os portugueses como conquistadores e implementadores do processo civilizatório e evolutivo do novo território. Contudo, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz a temática território a partir do 4º ano como necessária para o desenvolvimento do senso crítico, compreensão e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação humana e produção do espaço. A partir desse contexto foi realizada uma sequência didática incluindo aula expositiva acerca da evolução territorial brasileira; apresentação de vídeos demostrando os processos históricos de disputa territorial no país para formação dos atuais Estados; análise comparativa de mapas desse processo evolutivo; discussão e construção coletiva do conceito de território e territorialidade através de atividade prática; e realização de reflexão, debate e discussão sobre a legitimidade da demarcação do território brasileiro e suas implicações na divisão territorial na atualidade. Assim, buscou-se desenvolver no alunado habilidades de reflexão acerca da legitimidade das atuais demarcações territoriais no país, bem como conduzir à construção de postura crítica e argumentativa sobre o reconhecimento das atuais lutas e disputas no campo da territorialidade dos povos indígenas. Como resultado, pode-se constatar que, após as ações de intervenções didáticas, o alunado adquiriu uma consciência crítico-argumentativa acerca do processo de formação territorial do país, reconhecendo a importância e legitimidade dos povos originários e as implicações atuais nas relações de poder na formação do território, esvaziando a lógica de descobrimento e fortalecendo a ideia de colonização e exploração do território por parte dos europeus.
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