Diagnóstico da educação escolar quilombola no município de Irará/Bahia – sujeitos, pedagogias e saberes
DOI:
https://doi.org/10.35642/rm.v1i1.103Resumen
A história dos quilombos e das suas comunidades tem sido construída por meio de várias e distintas estratégias de lutas: luta pela terra e pelo território, contra o racismo, pelo respeito à diversidade sociocultural, pelo desenvolvimento de políticas públicas que reconheçam, reparem e garantam o direito das comunidades quilombolas à saúde, à moradia, ao trabalho e à educação. Mas essa mesma trajetória de lutas, de resistências e de tensões que aponta para uma educação escolar que contemple não só a diversidade regional na qual a população quilombola se distribui em nosso país, mas, principalmente, a realidade sóciohistórica, política, econômica e cultural dessa população. Segundo dados da SECADI/MEC, os estados brasileiros com maior número de quilombos são: Maranhão, com 318; Bahia, com 308; Minas Gerais, com 115; Pernambuco, com 93, e Pará, com 83. Com relação a existência de escolas, dados do Curso Escolar de 2015 apontam que existem, em nosso país, 1.912 escolas localizadas em territórios quilombolas. O município de Irará possui 4 comunidades quilombolas, devidamente reconhecidas pelo Fundação Cultural Palmares, concentrando uma população de aproximadamente 1500 pessoas, que se dedicam predominantemente à agricultura familiar. Nessas comunidades, existem 4 escolas públicas municipais que atendem a 312 estudantes, todos quilombolas, das comunidades da Baixinha, Olaria e Massaranduba. O presente artigo tem o objetivo de analisar o quadro atual da Educação Escolar Quilombola no município de Irará- Bahia, bem como a capacidade da referida modalidade de instaurar processos de construção de práticas e concepções pedagógicas que proporcionem a efetivação de uma ação direcionada à implementação das chamadas “políticas da diferença” na Educação.
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