Educación del campo, territorialidad y enseñanza de ciencias: revisión narrativa sobre currículo y contextualización (2000–2025)
DOI:
https://doi.org/10.35642/rm.v9i1.1635Palabras clave:
Multiculturalismo crítico, Pluralismo epistemológico, Pedagogía de la alternância, Ecologías de saberes, Autonomía curricularResumen
Este artículo tiene por objetivo analizar cómo la territorialidad, la organización curricular y la contextualización de la enseñanza de Ciencias se articulan en la Educación del Campo, con base en una revisión narrativa de la literatura (2000–2025). La búsqueda se realizó en el Portal de Periódicos CAPES, empleando descriptores combinados mediante el operador booleano AND y criterios explícitos de inclusión/exclusión; el corpus final comprende 18 artículos con revisión por pares. Con sustento en el Multiculturalismo Crítico y el Pluralismo Epistemológico, el análisis evidencia consenso respecto de la territorialidad como principio estructurante, a la vez que revela su baja operacionalización en el currículo y en las prácticas escolares. Persisten barreras sistémicas —restricciones a la autonomía curricular de las escuelas, brechas en la formación docente y materiales poco anclados en los contextos territoriales— que dificultan una articulación co-constitutiva entre saberes científicos y saberes locales. Se identifican arreglos pedagógicos prometedores —en particular, la Pedagogía de la Alternancia, entendida como régimen organizativo de tiempos y espacios formativos, más que como “metodología activa”— y estrategias didácticas (proyectos interdisciplinarios, resolución de problemas contextualizados) que favorecen el arraigo territorial del currículo. Las Escuelas Familiares Agrícolas (EFAs) figuran como experiencias referenciales cuando están presentes en el corpus, sin constituir un locus exclusivo. Se concluye que ampliar la autonomía curricular, fortalecer la formación docente y promover la producción colaborativa de materiales contextualizados son condiciones para currículos no fragmentados y socialmente referenciados. Dada la naturaleza interpretativa de la revisión narrativa, se señalan límites de inferencia y la necesidad de investigaciones empíricas comparativas sobre condiciones de implementación y efectos formativos en la enseñanza de Ciencias.
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